A bancada do PT na Câmara Legislativa não gostou do anúncio de um pacote de obras do Governo de Brasília, da ordem de 5 bilhões de reais. Em nota, os petistas dizem que os projetos foram criados por Agnelo Queiroz.
“O governador precisa ter a humildade de reconhecer os feitos do seu antecessor”, diz o texto assinado pelo deputado Chico Vigilante, líder do partido.
Veja a nota:
Nesta quinta-feira, 16 de julho, o Governador Rollemberg apresentou o Plano de Obras 2015 com orçamento de 5 bilhões de reais.
A primeira constatação é que se trata de um documento contendo, em sua imensa maioria, obras criadas no Governo Agnelo, sendo que, muitas destas obras foi o próprio Rollemberg que determinou a interrupção no início do ano devido à informação nunca confirmada de falta de recursos. Essa interrupção das obras contribuiu, inclusive, para o aumento no desemprego na construção civil no DF.
Obras como: a construção de novo bloco no Hospital da Criança, restauração do Espaço Renato Russo, restauração do Museu de Arte de Brasília, conclusão e reforma de nove terminais rodoviários, construção de um túnel rodoviário em Taguatinga, todas apresentadas com pompa pelo governador, foram discutidas e criadas pelo Governo Agnelo.
O governador deveria ao menos ter a humildade de reconhecer os feitos do seu antecessor.
A segunda análise a ser feita é que, ao lançar um ambicioso plano de obras, com orçamento de 5 bilhões de reais, o governador faz cair por terra, em definitivo, a falácia empregada desde o início do ano de que não tinha dinheiro em caixa no governo.
Ou seja, a população do Distrito Federal passou o primeiro semestre inteiro ouvindo do Governo a mentira de que não havia recursos. A situação chegou ao cúmulo do GDF aterrorizar os seus próprios servidores ameaçando não pagar os salários no fim do ano.
É lamentável que o governador Rollemberg, usando da desculpa esfarrapada da falta de dinheiro, tenha parado por seis meses o andamento de obras importantes para cidade e, agora, retome esses mesmos empreendimentos sob pretexto de propaganda e marketing e tentar desviar a atenção da população para os desfeitos de sua administração.”