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Rollemberg demite diretor do Procon por assédio moral e se livra de nova carga no ombro

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Felipe Meirelles, com o G1

O Procon de Brasília está sob nova direção. Ao menos até que o Palácio do Buriti se decida sobre um novo dirigente efetivo, o vice-diretor José Oscar da Silva assume o comando do órgão. Ele fica com a cadeira de Paulo Márcio Sampaio, exonerado na noite desta quinta-feira (18), alvo de denúncias de assédio moral.

As supostas vítimas de Sampaio dizem ter atestados médicos e registraram boletins de ocorrência na Polícia Civil. A Controladoria-Geral do DF está apurando as denúncias. Mas, para evitar mais uma carga pesada nos ombros, o governador Rodrigo Rollemberg decidiu demitir Sampaio, indicado para o cargo pelo deputado Raimundo Ribeiro (PSDB).

As primeiras queixas surgiram logo após o diretor assumir o cargo, em janeiro do ano passado. Em março, um grupo de 30 servidores do Procon assinou um ofício pedindo apuração sobre constrangimento de trabalhadores, movimentação de cargo, com motivos questionáveis, e irregularidades na lotação dos profissionais.

Segundo o documento, diversos funcionários têm apresentado crises de choro e “desestabilização emocional” por estresse no trabalho. Uma servidora da assessoria técnica diz que ficava constrangida sempre que se levantava do lugar. De acordo com a denúncia, a mulher chegou a ser obrigada a mostrar o absorvente íntimo na área de trabalho.

O diretor tinha afirmado que iria tomar providências, mas as denúncias continuaram. Em outubro, a chefe do departamento de Gestão de Pessoal relatou que o Sampaio tinha condutas que iam contra princípios administrativos. Ela cita desvio de funções, movimentação de servidores de forma arbitrária com intuito de punição, intimidação de servidores e omissão de informações a órgãos de controle.

Na Polícia Civil, uma servidora chegou a registrar boletim de ocorrência alegando que o diretor falava com ela aos berros. Ao todo, sete funcionários tiveram de tirar licença médica por causa da situação. Essa e as outras denúncias foram encaminhadas à Secretaria de Justiça, ao sindicato da categoria, Tribunal de Contas do DF e Ministério Público do Trabalho.

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