No que depender da quase totalidade das forças de segurança do Distrito Federal, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), encerra sua carreira política no dia 31 de dezembro, quando vence seu mandato à frente do Palácio do Buriti. A opinião é do coronel Eugênio César Nogueira, presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar.
“Rollemberg? Esse, nunca mais!”, disse Eugênio César em entrevista a Notibras, transmitida nesta quarta, 15, nas redes sociais pela TV Notibras, projeto precursor do Grupo Notibras de Comunicação que debate com a sociedade os principais problemas (e busca de soluções) enfrentados na capital da República.
Eugênio César entende que não apenas o Corpo de Bombeiros, como também a Polícia Militar e a Polícia Civil estão insatisfeitos com a passagem de Rollemberg pelo governo. “O governo é ruim e ele (o governador) não honrou nenhum compromisso assumido com a área de segurança pública”, desabafou.
Recém-empossado na presidência da entidade que reúne oficiais da ativa e da reserva do Coro de Bombeiros, o coronel sustenta que um dos pontos cruciais vividos pelas forças de segurança é o baixo salário.
– São quatro anos de congelamento. Rollemberg argumenta que não há dinheiro. Mas ele falta com a verdade. Os recursos para manter as forças de segurança (e os consequentes salários dignos) são garantidos pelo Fundo Constitucional. Mas o governo, lamentavelmente, desvia os recursos para tapar buracos que ele mesmo criou”, afirmou.
Politizada e cansada de falsas promessas, a categoria representada por Eugênio César decidiu promover uma roda de debates com os candidatos que concorrerão ao governo em outubro próximo.
– Convidamos todos (são 11 no total) para debates individuais. Caminhamos para apoiar quem, olho no olho, dizer (e nos convencer) o que fará. Queremos reconhecimento, valorização, vida digna. Mas não vamos aceitar promessas não cumpridas e a inércia que Rollemberg tem demonstrado com a segurança pública, sublinhou.
Outro ponto destacado por Eugênio César na entrevista foi a necessidade da volta da Secretaria de Defesa Civil, extinta por Rollemberg. Trata-se, segundo ele,de um órgão-gestor essencial para prever e combater calamidades públicas. “Mesmo porque, o Distrito Federal tem inúmeras áreas de risco que precisam ser constantemente monitoradas”, concluiu.