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Rollemberg põe água no chopp e Gim fica na corda-bamba para TCU

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De nada adiantaram as pressões de lideranças aliadas ao Palácio do Planalto: o plenário do Senado rejeitou o pedido de urgência na análise da indicação do senador Gim Argello para ministro do Tribunal de Contas da União e agora o representante do PTB terá de ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos da Casa.

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) foi um  dos responsáveis pela derrota de Gim, mesmo que seja supostamente temporária. “O plenário do Senado mandou um recado claro ao presidente da Casa, Renan Calheiros. As coisas têm limite”, disse.

O pedido foi rejeitado por margem apertada (25 votos contrários e 24 favoráveis). Se a urgência tivesse sido aprovada, a indicação de Gim poderia ter sido votada em plenário em tempo recorde. Mas, para virar ministro do TCU, Gim terá de ver seu nome também aprovado pelo plenário da Câmara, onde a rebelião dos aliados é crescente.

Rollemberg questionou a pressa em votar a indicação. Segundo ele, “se uma pessoa que está sendo indicada para ministro do Tribunal de Contas da União não se dispõe a ser sabatinada, questionada, é porque talvez não se sinta preparada para exercer essa função”, alfinetou.

O nome de Gim Argello sofre resistência entre os procuradores públicos do tribunal. Com cartazes de “#GimNão”, um grupo da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC) fez uma pequena manifestação após a sessão que derrubou o pedido de urgência.

“Foi uma grande vitória para nós hoje”, disse Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao TCU. “Falta a ele [Gim Argello] objetivamente o requisito de reputação ilibada, sem o qual ele não pode ingressar na magistratura”, declarou.

O senador Gim Argello responde a inquéritos no Supremo Tribunal Federal por peculato, lavagem de dinheiro, crime contra a lei de licitações, crime eleitoral e corrupção ativa.

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