Mino Pedrosa
O governador Rodrigo Rollemberg pulou da cama cedo e ouviu o galo cantar. Foi na quinta, 18. As declarações dele, feitas na véspera a dirigentes de empresas jornalísticas, tiveram o efeito de um petardo. Rollemberg deixou seus ouvintes atônitos quando saiu metralhando adversários e também aliados.
O governador abriu um buraco aos seus pés depois de anunciar sua reeleição como garantida e desqualificar os possíveis concorrentes. Agora, não há como negar o que foi falado: palavras pronunciadas não voltam à boca. Principalmente, quando são registradas.
A atitude do senador Antônio Reguffe foi exatamente como descreveu o governador na reunião: “pamonha e frouxo”. Joe Valle, presidente Câmara Legislativa, recorreu ao pé de alface orgânico para acalmar os nervos.
O secretário da Casa Civil Sérgio Sampaio, soube das graves criticas do chefe, mas preferiu engolir sapo. Enquanto os outros candidatos de oposição ao Governo, ignorados por Rollemberg, preferiram ignorar.
O resultado de tamanho tiroteio deixou a sociedade civil organizada sem entender muito bem o que está acontecendo.