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Rollemberg se assusta com rombo e diz que Agnelo acabou com DF

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Um saco sem fundo. Cofres vazios tomados por teias de aranhas. Não há luz no fim do túnel, mas apenas um rombo estimado em 3 bilhões 800 milhões de reais. É essa capital da República falida em termos orçamentários que Rodrigo Rollemberg (PSB) receberá de Agnelo Queiroz (PT) no dia 1º de janeiro.

Esse quadro devastador foi revelado pelo próprio governador eleito neste sábado 13, em entrevista à Imprensa. As contas no vermelho incluem gastos e contratos feitos e ainda não pagos, além de cem riscos à prestação de serviços.

O déficit é bem superior ao estimado anteriormente. A expectativa era a de que o rombo nos cofres públicos beirasse 1 bilhão 200 milhões, mas a nova realidade chocou Rollemberg.

– Estamos observando um total descontrole, total desorganização e total irresponsabilidade administrativa, com o aumento exponencial dos gastos. Gastos muitas vezes contratados sem o apoio, sem o acordo, sem a concordância da Secretaria de Fazenda”, acusou o futuro ocupante do Palácio do Buriti.

Pelos cálculos de Rollemberg, “nunca houve um desequilíbrio financeiro e orçamentário como estamos assistindo nesse final de governo”. Ele demonstrou toda a sua insatisfação dizendo que há um “apagão de gestão”. no governo do Distrito Federal.

“Temos informações de que, pela primeira vez na história do DF, o DF não conseguirá honrar os pagamentos de salários de 2014 com recursos de 2014. […] O DF não pagará os salários com o tesouro, com o orçamento, descumprindo com isso a Lei de Responsabilidade Fiscal”, sublinhou.

Entre os riscos futuros apontados por Rollemberg estão falta de professores para os ensinos infantil e fundamental, falta de remédios na Farmácia Central, descontinuidade nos serviços de limpeza, vigilância e lavanderia da área de saúde por falta de repasse, falta de manutenção dos equipamentos da Polícia Militar, perda de investimentos no transporte público e risco de interrupção dos serviços do Metrô. O futuro gestor não estimou tempo para “solucionar” os problemas, mas disse que trabalha com medidas para os primeiros 120 dias.

“Ao longo da campanha eu usei uma expressão que no nosso entendimento expressava a situação: ‘apagão de gestão’. A população do DF já sentia na má qualidade, na interrupção dos serviços públicos, que havia um apagão de gestão. Mas quero confessar a vocês que, após o segundo turno, quando tivemos a oportunidade de nos debruçarmos de forma mais detalhada sobre informações e números do DF, nós não imaginávamos que a situação fosse tão grave. A situação é efetivamente muito mais grave do que imaginávamos”, afirmou o sucessor de Agnelo.

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