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Rosa, de Escrava Isaura, era ótima como má

Nos primeiros anos de 1990, morei na rua Barão da Torre, esquina com a Vinícius de Moraes, em Ipanema. E foi nessa época que aconteceu uma situação engraçada. Lá estávamos a minha mulher, mãe da minha filha mais velha, e eu na agência do Banco do Brasil, ali na rua Joana Angélica, bem em frente à Praça Nossa Senhora da Paz.

Eu estava entretido mexendo no caixa eletrônico, quando a minha esposa foi conversar com uma mulher ao lado. Na hora não percebi quem era, mas, assim que acabei de sacar o dinheiro, percebi que era a atriz Léa Garcia, que, fiquei sabendo naquele momento, estava atuando em uma novela.

Como não acompanho novelas desde o final dos anos 1970, não tinha conhecimento sobre isso. No entanto, sabia muito bem quem era a Léa. Afinal, ela teve um papel de destaque na novela Escrava Isaura, versão de 1976.

Enquanto a minha esposa falava que era muito fã do trabalho da famosa atriz, esta sorria aquele sorriso largo de quem está muito feliz pelo reconhecimento do público. Eu me aproximei das duas e falei:

– Você é a Rosa!

– Sim! A Rosa era ótima!

– Ótima? Ela era má pra caramba!

A Léa riu do meu comentário, que tinha tom de brincadeira. Obviamente que a Rosa era a melhor personagem daquela novela. E, como a Léa disse muito bem: “A Rosa era ótima!!!”

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