Plantaram no alfabeto grego, no abecedário que provém do latim e no nosso português três letrinhas lindamente mágicas. Regaram-nas com o necessário carinho. Daí, elas brotaram e floresceram. Perfeição da natureza, quando nascem são chamadas de lindas rosas juvenis. Depois, desabrocham, viram fadas, geram frutos e mais frutos e passam a ser conhecidas silenciosa e singelamente por mãe. É a minha, a sua, a nossa Flor Mamãe, aquela que só nasce no jardim do coração. Rainha do lar e de nossas vidas, ela gera, cria, educa e não desiste de ser mãe dupla, tripla ou quádrupla nem mesmo quando é avó.
É nesse cenário que ela se transforma em mãe multimídia, conhecida pelas múltiplas facetas em favor do filho. Pouco importa a quantidade de meninos. Também pouco importa se o fruto é do ventre ou do coração. Mãe de barriga ou mãe de vida. Mãe desde sempre ou escolhida…Os tipos mudam, mas o amor não. Importante é que os braços sejam demasiadamente longos para os abraços e as divinas tetas saudáveis para servir a todos. Ser mãe é descobrir o equilíbrio exato para cuidar de si e dos rebentos. É uma dança constante entre as necessidades pessoais e as da filharada.
Não há sínteses, adjetivos, plurais, substantivos ou verbos capazes de definir singularmente uma mulher transformada em mãe. Ela é mãe e pronto. Com seu amor não se brinca, pois quem o conhece sabe que é a força mais poderosa do mundo. Como na canção composta no século passado por Júlio Louzada e Jorge Gonçalves, é ela quem enfeita nossos sonhos, quem perfuma nossas ilusões e quem ajoelha, fecha os olhos e faz milagres em oração. Não tenho mais a minha, mas, enquanto a tive, procurei por todos os jardins e não encontrei uma flor perfeita para ofertá-la.
E sabem por quê? Porque ela é a própria perfeição. Ela se chama Flor Mamãe e só nasce no jardim do coração. Diplomada pelos deuses, é durante a jornada de autoconhecimento que ela, independentemente da idade, descobre uma força sobrenatural e uma vontade única de lidar com desafios que jamais imaginou enfrentar. Como um presente de Deus, a mãe, que nasce de outra mãe, foi feita para acariciar, afagar, amenizar dores físicas, emocionais e espirituais. Felizmente, a mãe é mais do que uma penteadeira abarrotada de bijuterias e de cremes para as mãos sensíveis e sedosas.
Ao mesmo tempo em que rejuvenesce qualquer um que alcance com o toque materno, ela é capaz de punir severamente os que ousam dispensar seus carinhos maternos. É uma punição vaselinada e destinada exclusivamente a encaminhar seus frutos para a viagem que se avizinha pelo mundo dos sonhos, das agruras e das mazelas. Sabendo ouvi-la, talvez não alcancemos o paraíso, mas certamente estaremos bem distantes do inferno. Amor de mãe é a cura para o que a gente nem sabia que estava doendo. É a força que nos guia quando pensamos em desistir.
Amor de mãe não acaba e nem perde a força. Ele não tem preço, é eterno e poderoso. Amor mais doce do mundo, a MÃE é o sorriso que nos anima. É ela quem nos transforma em nossas melhores versões. Flor divina, eu suponho, não interessa onde você esteja, pois estará sempre junto de vossos filhos. Aliás, Deus não pode estar em todos os lugares. Por isso, fez as mães. Neste dia de carinho, o melhor presente é a certeza de que metade do mundo é formada por mulheres. A outra metade são os filhos delas. Parabéns, mamães.
*Armando Cardoso é presidente do Conselho Editorial de Notibras