A Rússia está profundamente preocupada com o recente recrudescimento do conflito Israel-Palestina e está pedindo a ambos os lados que retomem o diálogo construtivo e se abstenham de quaisquer ações unilaterais, disse o Ministério das Relações Exteriores neste sábado, 28.
A chancelaria lembrou vários ataques recentes na região, incluindo um ataque terrorista em uma sinagoga em Jerusalém Oriental na sexta-feira, que deixou sete pessoas mortas, segundo a polícia israelense. O agressor era um morador de Jerusalém Oriental de 21 anos chamado Alkam Kheiry.
Na quinta-feira, pelo menos nove palestinos foram mortos e mais de 16 ficaram feridos como resultado de uma operação israelense no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia. Na quarta-feira, dois palestinos foram mortos na cidade de Qalqilya e no campo de refugiados de Shuafat em circunstâncias semelhantes.
“Estamos profundamente preocupados com esses desenvolvimentos. Pedimos a todos os lados que mostrem o máximo de contenção e evitem uma nova escalada de tensões”, disse o ministério em um comunicado, enfatizando que “os últimos eventos confirmam claramente a necessidade de retomar urgentemente o diálogo construtivo palestino-israelense e abster-se de ações unilaterais”.
“O fim desse ciclo de violência está nas negociações baseadas nos princípios do direito internacional, que devem resultar na criação de um Estado palestino independente dentro das fronteiras de 1967, vivendo em paz e segurança com Israel”, diz o comunicado. A Rússia, fazendo parte do Quarteto do Oriente Médio, que também inclui as Nações Unidas, os Estados Unidos e a União Europeia, vê tentativas de “bloquear artificialmente o trabalho conjunto do Quarteto e usurpar ‘assistência externa’ aos contatos entre o partidos como contrários aos interesses fundamentais dos dois povos”.