O presidente russo, Vladimir Putin, assinou projeto de lei para tirar seu país do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT).
A decisão foi tomada após Putin ter dito durante a sessão plenária do Valdai Discussion Club, no mês passado, que Moscou poderia espelhar a posição de Washington e retirar a ratificação do tratado.
O presidente da Duma (Congresso Nacional russo), Vyacheslav Volodin, disse que a Câmara dos Deputados abordaria o assunto em sua próxima sessão, em uma resposta espelhada à medida dos EUA.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, declarou que a recusa da Rússia em ratificar o CTBT “não significa uma declaração de intenção de realizar testes nucleares”.
O CTBT, adotado pela Assembleia Geral da ONU em Setembro de 1996, proíbe todas as explosões nucleares, seja para fins militares ou pacíficos.
O documento ainda não entrou em vigor porque oito países não ratificaram o tratado, incluindo China, Egito, Índia, Irã, Israel, Coreia do Norte, Paquistão e Estados Unidos.
A retirada do CTBT só é possível em caso de emergências que ameacem os interesses supremos do Estado-Membro e mediante aviso prévio de seis meses.