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Rússia coloca bombas nuclearas táticas na fronteira com a Otan

A Rússia decidiu deslocar para a sua vizinha e aliada Bielorrússia armas nucleares táticas. São bombas com poder semelhante àquelas despejadas sobre Hiroshima e Nagakasi, no Japão, na II Guerra Mundial.  Seu poder destrutivo é equivalente a 15 quilotons – uma bomba nuclear de ataque estratégico, por exemplo, tem até mil quilotons.

A Bielorrussia é a última fronteira a separar os russos dos europeus. Fica a um passo da Polônia, Alemanha, Países Baixos (Holanda), Estônia Letônia, República Tcheca, Áustria, Suíça, Suécia, Dinamarca, Croácia… e a dois ou três passos da França, Itália, Espanha e Reino Unido. Como são transportadas por mísseis hipersônicos, essas bombas táticas podem atingir seus alvos num piscar de olhos.

A decisão do presidente russo Vladimir Putin de deslocar essas armas foi tomada neste sábado, 25, ao fim de uma semana de reuniões com o presidente chinês Xi Jiping, que passou quatro dias em Moscou.  Também serviu como um aviso à Inglaterra, que anunciou a entrega a Kiev, capital ucraniana, de foguetes com urânio empobrecido, capazes de atravessar bunkers de aço puro.

A oferta de instalar armas nucleares táticas na última fronteira com países da Otan partiu do presidente bielorrusso  Alexander Grigorievich Lukashenko, velho aliado de Putin desde a extinta União Soviética. Moscou e Minks têm tratados em diferentes áreas. O principal deles é o de não-agressão e defesa mútuas. A implantação dessas minibombas nucleares no quintal da Europa Ocidental, segundo Putin, não fere o Start (tratado de uso de armas nucleares abonado pela ONU).

“Ninguém vai colocar a Rússia contra a parede. A Criméia e o Donbass (que concentra três países recém incorporados à Federação Russa, com a invasão da Ucrânia) são parte do nosso Estado porque assim decidiram em referendo. Se a Europa Ocidental e os Estados Unidos querem colocar lenha na fogueira, não seremos nós a agir como bombeiros”, afirmou Putin, elevando o tom da voz em um pronunciamento na rede de televisão da Rússia.

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