O presidente russo, Vladimir Putin, reuniu-se nesta segunda, 17, com o ministro da Defesa, Sergey Shoigu, em Moscou, e determinou que a Marinha russa entre de prontidão para a eventualidade de algum conflito mundial ao longo de todo o Oceano Pacífico. As forças russas vão aprimorar os ataques de mísseis de navios usando lançamentos eletrônicos, já a partir de terça, 18.
A total prontidão de combate das forças navais é necessária devido a tempos turbulentos, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que há uma ameaça de conflitos regionais.
“Nosso ambiente é muito turbulento em muitas áreas, repleto de situações de conflitos. Estamos todos bem cientes da geografia desses conflitos regionais. E é disso que se trata”, disse Peskov a repórteres.
Desde 14 de abril, a Rússia realiza uma inspeção surpresa na Frota do Pacífico. Mais cedo, o ministro Sergey Shoigu informou sobre o andamento de um exercício militar surpresa da frota da Marinha russa no Pacífico, dizendo que as tropas participantes do evento estavam em total prontidão para combate.
Segundo ele, as forças e tropas participantes na inspecção foram colocadas em “total prontidão de combate”, acrescentando que sem restrições pré-estabelecidas, passaram a realizar tarefas de treino de combate, controlo de tiros e exercícios táticos.
De acordo com Shoigu, a operação começará em 18 de abril, quando os navios de guerra realizarão ataques de mísseis com lançamentos eletrônicos.
Por sua vez, o presidente Putin pediu ao ministro da Defesa que realizasse esses exercícios nas outras frotas da Marinha russa.
“A primeira etapa foi realmente realizada repentinamente, em um nível muito alto. Quero expressar minha gratidão a todos que organizaram este trabalho. Peço a todos que continuem este trabalho, e também se concentrem no desenvolvimento e preparação de eventos semelhantes em outras frotas”, acrescentou o presidente.
Putin enfatizou ainda que o país tem prioridades explícitas para o uso de suas forças armadas, principalmente na Ucrânia, onde está em andamento a operação militar especial russa.
“Elementos separados das forças da frota, é claro, podem ser usados em conflitos em qualquer direção. Portanto, peço que você tenha isso em mente também”, acrescentou.