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Rússia e Ucrânia deslocam tropas para fronteira em clima de crescente tensão

O presidente da Ucrânia Petro Poroshenko ordenou que o exército fique em alerta de combate na fronteira com a Crimeia e na linha de contato com o leste do país. A decisão ocorre após a Rússia ter acusado o governo ucraniano de organizar ataques terroristas na Crimeia, a península que a Rússia anexou em março de 2014.

A agência de inteligência da Rússia afirmou que uma autoridade e um soldado foram mortos no final de semana em dois incidentes separados enquanto rechaçavam o que Moscou descreveu como uma série de ataques de “sabotadores” ucranianos. As tropas russas também estão de prontidão.

O presidente russo, Vladimir Putin, discutiu nesta quinta-feira medidas para reforçar a segurança na Crimeia. A reunião foi com seu conselho de segurança para discutir “cenários de segurança antiterrorismo na fronteira por terra, mar e no espaço aéreo da Crimeia”, segundo comunicado do Kremlin.

Na quarta-feira, Putin emitiu uma advertência contra a Ucrânia, após o Serviço Federal de Segurança afirmar que um agente foi morto em um incêndio de um grupo de sabotadores, organizado e apoiado pela inteligência ucraniana. A agência disse que um soldado russo também foi morto em um incidente separado, quando o lado ucraniano tentava fazer uma incursão na Crimeia.

As acusações pioraram a tensão entre Kiev e Moscou, em meio a um aumento da violência no leste ucraniano, onde separatistas apoiados pela Rússia têm enfrentado as forças ucranianas há dois anos. Putin sugeriu na quarta-feira que “não havia sentido” em realizar uma reunião de ministros das Relações Exteriores de Rússia, Ucrânia, Alemanha e França proposta para setembro para discutir resolução sobre a crise.

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