O presidente russo Vladimir Putin determinou o remanejamento de mísseis em diferentes bases com silos para armas nucleares, com ordem expressa de disparo imediato, em caso de ataque da Ucrânia à Rússia (veja vídeo abaixo). A decisão foi tomada em resposta ao anúncio de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, de fornecer a Kiev mísseis Patriot PAC-3 de ataque interceptação.
Essas armas americanas foram empregadas nas guerras da antiga Iugoslávia (hoje dividida em quatro ou cinco países, todos membros da Otan) e nas que derrubaram, e acabaram nas motes de Saddam Hussein (Iraque) e de Muanmar Kadafi (Líbia). A Ucrânia está aguardando a chegada de quatro baterias dos Patriot.
Na quarta-feira, 14, Putin avisou que qualquer arma pesada destinada a Kiev será destruída no meio do caminho, ou seja, antes mesmo de chegar ao solo ucraniano. Os mísseis que a Rússia está remanejando são da classe Yars, do seu arsenal de Forças Estratégicas.
Cada Yars carrega seis ogivas nucleares de até 500 quilotons. A título de ilustração, a bomba atômica jogada sobre Hiroshima, na II Guerra Mundial, tinha a potência de 15 quilotons. O alcance desses mísseis nucleares russos é de 12 mil quilômetros.
Ao determinar essa movimentação atípica de armas poderosas, Vladimir Putin recordou o que disse em agosto último, de que não pode haver vencedores em uma guerra nuclear e que ela nunca deve ser desencadeada. O presidente russo, porém, fez uma ressalva: qualquer ataque contra seu território teria uma reação devastadora.
Veja o vídeo: