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Tudo ou nada

Rússia reconhece separatistas e agrava a crise com a Ucrânia

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Bartô Granja, Edição - Com Agências Internacionais/Foto Divulgação

O presidente russo Vladimir Putin comunicou ao presidente francês Emmanuel Macron e ao chanceler alemão Olaf Scholz, em telefonemas nesta segunda, 21, que decidiu reconhecer como nações soberanas as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, na Ucrânia.

A decisão do pegou o Ocidente de surpresa e pode agravar ainda mais a crise que ameaça eclodir uma guerra de consequências imprevisíveis na Europa. “Essas duas novas repúblicas populares têm desde já o apoio de Moscou”, afirmou nota do Kremlin.

A decisão de Putin foi tomada durante reunião do Conselho de Segurança Nacional da Rússia. Foi vista como o último desdobramento de uma crise que dura três meses, mas que tem suas origens no fim da Guerra Fria. Com o colapso dos regimes comunistas no Leste Europeu, a aliança militar entre europeus e americanos avançou rumo ao leste, com países que antes eram da esfera soviética passando à zona de influência ocidental.

Os líderes das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk fizeram um pedido para que o Kremlin reconheça ambas como Estados independentes. Os pedidos foram exibidos em mensagens de vídeo gravadas e exibidas pelo canal de televisão estatal Rússia 24.

“Em nome de todos os povos da República Popular de Donetsk (RPD), pedimos que reconheça a República Popular de Donetsk como um Estado independente, democrático, social e de Direito”, disse Denis Pushilin, líder dos separatistas da região.

“Estimado Vladimir Vladimirovich [segundo nome de Putin], com o fim de impedir a morte massiva dos habitantes da república, peço que reconheça a soberania e a independência da República Popular de Luhansk”, disse Leonid Pasechnik, pedindo também que o líder russo estude a possibilidade de firmar um tratado de cooperação de amizade entre Rússia e a RPL.

O gesto de Putin pode acirrar ainda mais os ânimos. O maior temor é o de que, se solicitada, a Rússia despache armamentos pesados e tropas numa suposta aliança para defender as novas repúblicas de um eventual ataque da Ucrânia.

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