O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta sexta-feira que expulsará diplomatas dos Estados Unidos e fechará um retiro diplomático americano perto de Moscou, em retaliação após uma nova rodada de sanções contra a Rússia ser aprovada no Congresso em Washington.
A legislação aprovada tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado nesta semana reforçam sanções já existentes e introduzem uma série de novas medidas para punir a Rússia por causa da suposta interferência na eleição presidencial de 2016. Elas também impedem que o presidente relaxe as sanções sem o aval do Congresso.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ainda precisa assinar a lei.
“Os mais recentes eventos mostram que a Russofobia tomou conta em certos círculos nos Estados Unidos, bem como um curso de confrontação aberta com nosso país”, afirmou a chancelaria russa em comunicado.
As medidas russas reduzirão o número de pessoal diplomático nos EUA na Rússia até 1º de setembro para 455, mesmo número de diplomatas russos agora operando nos EUA, após o então presidente Barack Obama expulsar 35 deles no fim do ano passado, informou o Ministério das Relações Exteriores russo.
Uma redução do tipo levaria à expulsão de cerca de 700 diplomatas e pessoal diplomático, afirmou o vice-presidente do Parlamento russo, Sergei Zheleznyak. “Isso será sentido pela diplomacia americana”, afirmou Zheleznyak à emissora estatal. “As medidas contra os Estados Unidos estavam sendo preparadas há tempos.”
O Ministério das Relações Exteriores também determinou o fechamento de um retiro diplomático no subúrbio de Moscou a partir de 1º de agosto e fechou vários outros locais usados por diplomatas na capital.
O presidente russo, Vladimir Putin, que qualificou as últimas sanções de Washington contra Moscou como “descaradas”, havia inicialmente esperado laços mais próximos com os EUA no governo Trump.