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Americanos e russos querem usar Base de Alcântara

Victor Aguiar e Daniel Weterman

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira, 31, que o Centro de Alcântara, no Maranhão, precisa de mais área para ser economicamente viável e permitir o estabelecimento de um número maior de bases para o lançamento de foguetes e satélites.

“Hoje, restam 8 mil hectares não ocupados”, disse Jungmann, após participação no Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo “Há um acordo para cessão de mais 12 mil hectares, e aí poderemos ter várias plataformas de lançamento de países interessados e do próprio Brasil.”

O ministro voltou a afirmar que Estados Unidos, Rússia, França e Israel já manifestaram interesse no Centro de Alcântara, e que o governo está num processo de reformulação da governança que rege os lançamentos.

“Anteriormente, (a governança) era muito dispersa, precisamos enxugar e dar maior coordenação”, disse. “Também propusemos a criação de um Conselho Nacional do Espaço, para coordenar as políticas brasileiras voltadas ao espaço”.

Segundo Jungmann, com a instalação de novas plataformas e aproveitamento total da área de Alcântara, o Brasil poderá expandir suas receitas anuais no segmento de Defesa. “A operação da área de plataformas poderia ter um faturamento em torno de R$ 1,2 bilhão a R$ 1,5 bilhão ao ano. O Brasil está perdendo divisas e empregos”, disse.

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