As coisas parecem que começam a mudar. Se não em Brasília, com certeza por esse Brasil a fora. O maior exemplo veio do Maranhão, nesta quarta-feira 17, onde o Tribunal de Justiça decidiu afastar o juiz Marcelo Baldochi de suas funções.
A decisão foi tomada durante sessão que apresentou a conclusão das investigações que apurava a conduta do juiz no episódio em que ele deu voz e prisão a três funcionários de uma companhia aérea. Baldochi se atrasou para o check-in e perdeu o voo.
As investigações da corregedoria do Tribunal de Justiça do Maranhão que apuraram as denúncias de abuso de poder do juiz da cidade de Senador la Rocque, Marcelo Testa Baldochi, não duraram nem três dias. O prazo inicial dado pela comissão, para a conclusão dos trabalhos, havia sido de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.
Desde seu primeiro posicionamento, o corregedor substituto, desembargador Antônio Bayma Araújo, já dava sinais de que alguma punição ou sanção seria aplicada a Baldochi. O episódio teve ampla repercussão nacional durante as duas semanas desde o fato. A divulgação de outros casos, nos quais esteve envolvido, também tiveram importância na decisão da comissão.
Na terça-feira (16), apenas um dia depois de sua chegada a Imperatriz, portanto, o desembargador Bayma, afirmou que o juiz havia cometido excessos. “Está claro que houve abuso de poder”, relatou.
Além de confirmar o abuso de poder, Bayma adiantou que testemunhas de outros casos envolvendo Marcelo Baldochi estavam sendo ouvidas pela comissão de corregedores, formada ainda pelos juízes Tyrone José Silva e José Américo.