Depois de ter apoiado vigorosamente o candidato republicano ao Senado pelo Alabama, Roy Moore, o presidente americano, Donald Trump tentou se distanciar do derrotado nesta quarta-feira, 13. Na Casa Branca, assessores do presidente agora temem que ele buscará culpados no partido pela derrota, mesmo tendo ido contra conselhos que não recomendavam o apoio a Moore, envolvido em denúncias de assédio sexual contra menores.
Trump mudou nesta manhã a versão para o apoio a Moore. Em um tuíte, o presidente disse que estava certo desde o começo em apoiar Strange e sabia que Moore não teria chance na eleição geral. “Eu disse que Roy Moore não tinha condições de ganhar a eleição geral e eu tinha razão. Por isso apoiei primeiro Luther Strange”, escreveu o presidente. “Mas uma vitória é uma vitória. Parabéns a Doug Jones em uma disputa dura.”
Entre os potenciais alvos de Trump está o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, que pressionou o presidente para apoiar o rival de Moore nas primárias no Alabama, Luther Strange. Trump chegou a apoiá-lo, mas Strange acabou sendo derrotado por Moore.
Incomodado com a pressão de McConnel para apoiar Strange, após a vitória de Moore nas primárias e o surgimento de denúncias de assédio contra ele, Trump negou-se a distanciar do candidato, como fizeram outras lideranças republicanas, e o apoiou abertamente.
Assessores de Trump também esperam qual será a reação dele diante das declarações de seu ex-assessor Stephen Bannon, que durante a campanha sugeriu que partidários do presidente apoiava Moore e poderia se distanciar do magnata.