Para IV
Saga para mudar destino de Adolf continua… agora só falta embarcar em Nápoles
Publicado
em
No dia seguinte, no horário combinado, os cinco viajantes se encontraram na mesma cafeteria.
– Bom dia a todos, falou Don. Muito prazer, Tom!
– Bom dia a todos, cumprimentou também, Bárbara. Prazer, Tom!
– Bom dia, senhor Don! Bom dia, senhora Bárbara! O prazer é todo meu, retribuiu Tom. Após cumprimentar os seus dois mentores juntamente com Adolf, Stefanie disse:
– Tom vai em outro carro atrás de nós, juntamente com os pais dele. Tudo bem para vocês? Perguntou, Stefanie.
– Tudo bem, respondeu Don, ao mesmo tempo em que pensava: “espero que esta seja a última surpresa”.
Após cumprimentar os pais de Tom, Don falou:
– Bem, se está tudo certo, vamos iniciar logo a viagem. Temos quinze horas pela frente e não temos muito tempo de reserva até chegarmos a Nápoles.
Antes de dar a partida no primeiro carro do pequeno comboio, Don perguntou à Stefanie:
– Assim como você, o Tom também tem ascendência judia?
– Tem sim, respondeu Stefanie. Mas por que a pergunta?
– Apenas curiosidade, respondeu Don, ao mesmo tempo em que trocava um olhar significativo com Bárbara no banco da frente.
A viagem transcorreu em um clima amistoso e até agradável para todos.
Os dois jovens não se cansavam de perguntar como era a vida na América, do que os americanos gostavam, se havia muitos imigrantes europeus por lá, o que gostavam de comer em Nova York, etc.
Stefanie se mostrava muito animada e era de longe quem mais falava no carro.
Adolf estava ensimesmado, mas, aos poucos, também arriscou algumas perguntas para os americanos.
O jovem olhava seguidamente para Stefanie com devoção, ao tempo em que ela retribuía com discretos.
Em certo momento, Don perguntou para Adolf:
– Adolf, uma curiosidade, você já pensou alguma vez em se alistar no exército? Caso houvesse uma guerra que envolvesse a Áustria ou a Alemanha, você teria vontade de lutar no front?
Surpreso, Adolf pensou por alguns segundos antes de responder:
– Bem, senhor Don, defender a pátria é um dever de todos! Além disso, tenho para mim que os arianos ainda têm uma grande missão de liderança a cumprir na História da humanidade.
Dom e Bárbara novamente cruzaram olhares em um significativo silêncio.
Após duas paradas para descanso e alimentação, os dois carros chegaram ao seu destino.
– Nossa, como é grande e movimentado isso aqui, nunca tinha visto um porto marítimo antes, comentou Adolf.
– Aproveite a vista e acostume-se com ela, Adolf, pois em Nova York você vai morar perto de portos marítimos, disse Don.
– Bem, vamos esticar um pouco as pernas e depois procurar o navio de vocês. Ainda precisamos comprar a passagem do Tom antes de vocês embarcarem, observou Bárbara.
Aproveitando que Adolf e Stefanie foram conversar com Tom e os pais dele, Bárbara e Don atualizaram o seu colóquio particular:
– Agora falta pouco, B,!
– Parece que sim, D! Mas preciso te confessar uma coisa: desde que falei com a Stefanie pela primeira vez, sinto calafrios quando ela me olha. Não que eu não goste dela, pelo contrário…não consigo explicar porque isso acontece.
– Relaxa B, ela está colaborando com a missão muito mais do que esperávamos, não é mesmo?
– Pois é, mas é justamente isso que me deixa com um pé atrás.
Após resolverem as questões burocráticas para o embarque dos três emigrantes no navio Speranza, o grupo, incluindo os pais de Tom, estavam em frente à rampa de embarque da imensa embarcação.
Don entregou uma maleta para Stefanie e outra para Adolf, assim como passagens e um envelope para cada um dos três jovens.
– Bem, aqui está o dinheiro que combinamos, podem conferir. E nesses envelopes, estão selos com a marca da nossa organização e o nome de vocês três.
– Cuidem bem desses envelopes e dos selos. Entreguem isso ao senhor Vito quando chegarem em Nova York. Esses documentos são a garantia de que ele vai zelar por vocês pelo resto das suas vidas, falou Bárbara.
Abrindo rápida e parcialmente a sua maleta, Stefanie falou:
– Não precisamos conferir, senhor Don. Nós confiamos em vocês. Muito obrigada aos dois por tudo!
– Obrigado e boa sorte para os três, desejou Don. Emocionada, Bárbara abraçou Adolf, Stefanie e depois Tom.
– Desejo toda a sorte do mundo, muitas felicidades e paz para vocês, crianças!
Enquanto o trio embarcava, Don e Bárbara despediram-se dos pais de Tom e, depois, foram conversar na sala de espera do porto-Bem, finalmente acabou, disse Don, em tom de comemoração.
– Estou tentando me convencer disso, Don, falou Bárbara de forma reticente.
– Bem, o que eu sei é que fizemos a nossa parte, pois nada mais pode acontecer que impeça o cumprimento do que a Irmandade nos pediu. O resto é com o pêndulo da vida ou com o tear do destino, disse Don, filosoficamente.
– Sabe D, eu confesso que me afeiçoei a eles, mesmo sabendo de tudo o que Adolf se tornou e de tudo que ele fez…ou de tudo o que ele poderia ter sido ou feito, nem sei mais como falar sobre isso.
– Compartilho dos seus sentimentos B.! Mas penso que o que conta é o presente, quero dizer, o nosso presente aqui e agora que é também o deles.
– Confuso isso, né ? Mas além de estar muito feliz porque ajudamos a tornar o mundo melhor, pelo menos espero que sim, estou genuinamente torcendo por eles e também feliz por não termos chamado John e Jane.
– Eu também, B.! Falando nisso, falta um tempinho até o navio zarpar, mas já vou sinalizar para Wesley e Fox que a missão está cumprida e que, portanto, o portal do lado de lá já pode ser fechado.
– Não achas melhor esperar o navio partir para formalizar o comunicado?
– Bobagem, B.! Pronto, comuniquei… o sinal já foi enviado dos nossos relógios que estão conectados ao tear consagrado. Agora, acabou de vez!
– Ufa, finalmente! Então já podemos comemorar, né?
– Hei, ainda temos um tempinho antes de sermos levados de volta. Que tal irmos ao centro da cidade para degustarmos uma legítima pizza napolitana enquanto esperamos?
– Olha Don, tenho que admitir que é essa é uma proposta irrecusável! Sou doida por pizza italiana.
……………………….
O capítulo 5 deste folhetim será publicado no sábado, 22
