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Salvo conduto de Dilma dá liberdade a Lula para agir como primeiro ministro

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Bartô Granja

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira, 17, diretamente das mãos da sua sucessora, um salvo-conduto para circular livremente pelo País sem correr o risco de ser preso pela Polícia Federal. Mais que isso. Agora como ministro-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, ele passa a agir como uma espécie de primeiro-ministro, introduzindo um parlamentarismo branco no regime político brasileiro.

Lula estava constrangido no momento da posse. A fisionomia abatida do ex-presidente ao lado de Dilma indica que os problemas que afundam o País numa crise sem precedentes não estão sanados. A ausência de velhos aliados na cerimônia no Palácio do Planalto é um indício de que muitas costuras precisarão ser feitas. É provável que também surjam muitos pedidos de desculpas.

O PMDB do Senado, apontado como um alicerce do Planalto, decidiu não comparecer à posse. O grupo que se reuniu na noite anterior na residência oficial de Renan Calheiros (PMDB-AL), concluiu que não era oportuno participar da posse de Lula após a revelação da conversa entre Dilma e o ex-presidente em que sugere que a nomeação teria tido como objetivo evitar que Lula viesse a ser investigado na primeira instância pela Operação Lava Jato. Passaria, dizem, a ideia de que endossariam completamente a chegada de Lula.

Por isso, Renan, o líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e outros representantes da legenda preferiram ficar distantes. O entendimento é de que a presidente fez a sua “opção parlamentarista” ao entregar, no momento em que está ameaçada de sofrer um processo de impeachment, o governo a Lula.

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