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Florestas em chamas

Santa Catarina vive drama da estiagem que provoca incêndios

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Paulo Beraldo

A combinação de baixa umidade do ar, frio e estiagem faz com que o Estado de Santa Catarina já acumule 1.006 focos de incêndios florestais desde o início do ano até esta sexta-feira, 28. A média é de quase cinco por dia. O levantamento foi realizado pela Diretoria de Tecnologia e Informação do Corpo de Bombeiros Militar.

A maior quantidade foi observada entre os dias 21 e 28 de julho, quando os 14 batalhões catarinenses registraram 206 ocorrências. As regiões mais afetadas foram as de Chapecó e de Xanxerê, no extremo oeste do Estado.

O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina afirma que o grande número de incêndios está ligado à ação humana e a fatores climáticos, como a onda de frio e a estiagem que atingiram o Estado e mataram boa parte da vegetação. A baixa umidade do ar agrava a situação por facilitar a propagação do fogo.

Outras regiões – O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que de 1º de maio a 25 de julho pelo menos 10 capitais brasileiras enfrentaram períodos de estiagem e somam mais de 45 dias sem chuva. São elas: Teresina, Palmas, Cuiabá, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Florianópolis, Campo Grande e Porto Velho.

As piores capitais nesse quesito são Teresina, que não registra chuvas há 84 dias, e Palmas, há 73 dias sem precipitações, segundo o Inmet. “Em meio a este cenário, as únicas exceções em relação à estiagem estão ocorrendo no norte da Região Norte e na faixa litorânea da Região Nordeste”, diz a nota.

A cidade de São Paulo completa nesta sexta-feira 45 dias sem chuva e o mês já é o mais seco desde 2008, diz o instituto. A situação não é diferente no interior do Estado, que teve mais de 1.200 queimadas neste ano, contra 1.569 em 2016, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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