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São Paulo bate líder Cruzeiro e diferença cai para quatro pontos

A torcida do São Paulo chama Rogério Ceni de mito. E por mais que pareça exagerado, a atuação no esperado duelo contra o líder Cruzeiro, na tarde deste domingo, no Morumbi, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, fortalece a alcunha. Aos 41 anos, o goleiro mostrou boa forma ao fechar a meta e ainda marcar de pênalti um dos gols da vitória de 2 a 0 contra time mineiro – Alan Kardec fez o outro -. O triunfo faz o time comandando por Muricy Ramalho diminuir para quatro pontos a vantagem cruzeirense na tabela.

É difícil não adjetivar positivamente a atuação do camisa 1. No dia em que o quarteto com Ganso, Kaká, Kardec e Pato enfrentou boa marcação em campo, foram, principalmente, duas defesas espetaculares em chutes de Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, que garantiram o triunfo são-paulino.
Ceni não foi perfeito. Teve falha ao repor errado a bola errado ao lateral direito Auro na tentativa de ligar contra-ataque quando a partida estava sem gols e quase levar gol de cobertura de Ricardo Goulart. Só que o restante da atuação foi próximo do impecável. Isso ajudou o São Paulo a controlar a partida no segundo tempo. Kardec, após escanteio, fez o gol que consolidou a vitória do time mandante.
A partida ainda teve grande polêmica por conta do pênalti de Dedé sobre Ganso. A infração foi clara, mas o segundo cartão amarelo ao cruzeirense não foi dado por Leandro Pedro Vuaden e gerou revolta dos são-paulinos no Morumbi. “Deixei a perna e acabei atingindo o Ganso. Sinceramente, eu amarelava”, disse Dedé, reconhecendo que deveria ser expulso. O zagueiro ainda foi substituído na volta do intervalo dando lugar a Manoel.
O primeiro tempo foi como um jogo de xadrez taticamente falando. Posicionado mais à frente, o São Paulo teve melhor começo, chegando a assustar com duas finalizações de fora da área de Paulo Henrique Ganso. A arma de contra-atacar cruzeirense passou a dar resultado pouco a pouco, e o duelo ficou extremamente equilibrado, com o time mineiro também tendo clara chances de gols, com Ricardo Goulart, duas vezes, e Marcelo Moreno.
O jogo era nervoso. O Cruzeiro abusava de muitas faltas no meio-campo evitando troca de passes do quarteto do São Paulo. Só que em uma cobrança de falta lateral de Ganso quase saiu o gol do zagueiro Rafael Tolói após cabeçada livre na área.
A tática cruzeirense de dar o bote no adversário em pleno Morumbi foi inteligente, mas o grande problema foi mesmo a quantidade de faltas. Dedé, por exemplo, fez uma em Pato no começo do jogo e levou amarelo por parar o contra-ataque do São Paulo. A segunda infração de do zagueiro cruzeirense foi dentro da área e ocasionou o pênalti bem marcado em Paulo Henrique Ganso.
O gol de Rogério Ceni fez o São Paulo ter condições de recuar o time e esperar ousadia por parte do Cruzeiro para encontrar espaços. Só que o time não parece adaptado a jogar no contra-ataque. A saída não foi veloz e os melhores lances foram ocasionados quando o quarteto conseguiu trocar passes, mantendo a posse de bola.
Uma oportunidade desperdiçada foi incrível. Já no início da segunda etapa, Alan Kardec recebeu cruzamento de Kaká, cabeceou no próprio pé e ainda teve sorte ao ficar com a bola para chutar frente a frente com Fábio. A finalização foi ruim e a bola pegou no ferro que sustenta a rede do lado de fora do gol.
O São Paulo não se expôs em quase nenhum momento no segundo tempo. Kaká fechou o lado esquerdo da defesa como uma lateral e o time cansou de trocar passes, principalmente, após aumentar a vantagem na partida para2 a 0 com o gol de Kardec.
O líder caiu para o vice no Morumbi e deu graça a um Campeonato Brasileiro que parecia definido. A vantagem do Cruzeiro agora é de quatro pontos e ainda restam 17 jogos para o fim da competição.
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