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São Paulo bloqueia 340 milhões de empresas da Lava Jato

Bruno Ribeiro e Fabio Leite

A gestão João Doria (PSDB) decidiu suspender por mais quatro meses dois contratos milionários de grandes obras viárias de São Paulo que foram assinados em 2011 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) com empreiteiras hoje envolvidas no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

O primeiro deles, no valor de R$ 117,5 milhões, foi assinado com o consórcio Pontal Leste, formado pelas construtora OAS, EIT e S/A Paulista, para obras de prolongamento da Avenida Radial Leste de Artur Alvim até Guaianazes, na zona leste da capital.

O segundo negócio, no valor de R$ 218,9 milhões, foi fechado com as empresas Queiroz Galvão e Galvão Engenharia para a construção de um túnel sob a Avenida Domingos de Moraes ligando as avenidas Sena Madureira e Ricardo Jafet, na região do Ipiranga, zona sul paulistana.

As construtoras EIT, Galvão Engenharia, OAS e Queiroz Galvão são investigadas ou já foram denunciadas e condenadas no âmbito da Lava Jato por pagar propina a agentes públicos e políticos para obtenção de contratos superfaturados na Petrobras.

A execução dos dois contratos assinados pela gestão Kassab foi suspensa ao longo da administração do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). O petista alegava que as obras não eram prioridade da sua gestão e que faltavam recursos para executá-las.

Procurada, a gestão Doria informou, por meio da Secretaria Municipal de Serviços e Obras, que os dois contratos “foram suspensos para ser avaliada a disponibilidade de recursos”.

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