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São Paulo parou por 20 centavos a mais no ônibus; DF engoliu 30

As obras de adaptação na rodoviária do Plano Piloto, para os ônibus articulados que circularão pelo chamado “corredor BRT Sul” (Expresso DF), receberam críticas durante a sessão ordinária desta terça-feira (18), na Câmara Legislativa do Distrito Federal. A deputada Eliana Pedrosa (PPS) criticou a falta de planejamento do GDF ao mudar o local de embarque e desembarque dos ônibus oriundos do Entorno.

Na opinião da deputada, a mudança gerou “um enorme caos” na área e foi feita sem nenhum estudo técnico. “O governo errou e agora, mais uma vez, toma outra atitude açodada, com a retirada das unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do prédio do antigo Touring”, acrescentou. Eliana Pedrosa destacou o trabalho desenvolvido por esses órgãos, especialmente no atendimento de usuários de drogas, e lamentou que o governo tenha resolvido mudá-los de lugar, sem ouvir os técnicos.

O deputado Agaciel Maia (PTC) afirmou que a mudança na área, com a interdição de estacionamentos, prejudicou muito o comércio do Conic. De acordo com o distrital, a Terracap possui uma garagem subterrânea no centro comercial que está sem uso. O parlamentar disse já ter solicitado à empresa que libere vagas na garagem, para facilitar o acesso ao local. “Os comerciantes estão com dificuldades, alguns dizem que os compradores sumiram com a falta de estacionamentos”, afirmou.

O deputado Chico Vigilante (PT) reclamou da situação do transporte público do Entorno. O petista defendeu a intervenção dos ministérios públicos do DF e da União para resolver o problema da falta de ônibus e das condições dos veículos que estão em circulação. “Essa situação é uma verdadeira bomba armada nos arredores de Brasília”, lamentou.

A deputada Celina Leão (PDT) reclamou da nova frota de ônibus do GDF e voltou a condenar a licitação realizada para a aquisição dos veículos. “Ninguém sério pode chamar isso de licitação, pois foi uma fraude. O Ministério Público já demonstrou que há inúmeras irregularidades no processo. Diminuíram o tamanho dos ônibus e também reduziram a frota. Além disso, a passagem aumentou 30 centavos. São Paulo parou por um aumento de 20 centavos”, criticou.

Joe Valle (PDT) concordou com a colega. “A frota é nova, como todos podem ver. Mas os ônibus continuam atrasando. A população está revoltada, pois, mesmo com a tão anunciada renovação, os problemas continuam. Isso é gestão irresponsável”, apontou.

Luís Cláudio Alves

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