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São Paulo passa pelo River Plate por 2 a 1 ao som de ‘olé’ de 51 mil torcedores

Ciro Campos

A força da torcida fez o São Paulo dominar o atual campeão da Copa Libertadores no estádio do Morumbi nesta quarta-feira. O River Plate ouviu “olé” e perdeu por 2 a 1 em atuação que faz o time paulista ganhar uma grande confiança e depender apenas de um empate na última rodada para se classificar.

Na próxima semana, em La Paz, o São Paulo precisa somente não perder para o The Strongest. Se mantiver a determinação demonstrada no Morumbi, é favorito a voltar da altitude boliviana classificado às oitavas de final.

A presença do maior público do futebol brasileiro no ano – 51,3 mil pagantes – fez o São Paulo resgatar a ligação que tem com a Libertadores. O clube brasileiro com mais participações (18) e três vezes campeão voltou a ver o Morumbi lotado para manter o ótimo retrospecto no estádio pela competição. Foi a 62.ª vitória em 80 partidas.

Uma semana depois de o clube convocar a presença dos são-paulinos com o pedido para que saíssem do sofá, o torcedor que estava em casa dias atrás lotou o estádio. Além disso, foi participativo em todos os instantes. O público no Morumbi acompanhou o ritmo do time no grito. Vaiou quando o River Plate tocava a bola – principalmente com D’Alessandro -, demonstrou euforia nos avanços do São Paulo e vibração nos carrinhos ou até jogadas mais duras.

Os públicos minguados no Campeonato Paulista, de cerca de 3 mil pessoas em três ocasiões, deixaram o time com extrema vontade de demonstrar serviço para o estádio cheio. O São Paulo estava faminto por cada bola, como se quisesse oferecer um banquete de futebol competitivo para compensar tantas partidas ruins no ano

A vontade do time, em comunhão com a torcida, rendeu um chute a gol no primeiro minuto.

O gol só veio aos 28 minutos. Bruno cruzou e Calleri aproveitou para dominar e chutar de voleio. O argentino descontou na bola a raiva de quem carrega a rivalidade de ser ex-jogador e torcedor do Boca Juniors. As mãos do goleiro Barovero não tiveram força para espalmar.

A vantagem era mais na base do ânimo do que na qualidade técnica O começo do segundo tempo comprovou essa análise, pois o River Plate adiantou a marcação e passou a levar perigo. O atual campeão demonstrou maturidade para controlar o jogo e, assim, esfriar o ambiente.

A superioridade do River Plate foi derrubada logo. O acuado São Paulo achou uma falta, a bola encontrou a cabeça de Calleri e foi parar no fundo do gol. O atacante se isolou na artilheira da Libertadores, com sete gols.

Era 14 minutos e depois o River Plate demonstrou sentir a pressão. Os jogadores se irritaram e após confusão, Vangioni acabou expulso. Foi a senha para a torcida comemorar e até gritar “olé”. A euforia contagiou erroneamente o time, que se acomodou. O clube argentino conseguiu descontar em uma falha de Denis e chegou a sonhar com o empate.

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