O município de Piracicaba, no interior de São Paulo, “soltará”, a partir de abril, em uma área de 54 hectares da cidade, uma linhagem geneticamente modificada de machos do mosquito Aedes aegypti. Os insetos com os genes alterados copulam com as fêmeas originais do ambiente e geram descendentes que não conseguem chegar à fase adulta.
Os mosquitos modificados foram desenvolvidos pela empresa britânica Oxitec. A implementação do inseto no Brasil foi feita em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), que o adaptou ao ambiente local. Segundo a empresa, os machos transgênicos não picam e não transmitem doenças.
O Aedes aegypti transgênico será implementado inicialmente no bairro Cecap, região leste do município, que apresentou maior número de casos de dengue em 2015. No local, vivem cerca de 5 mil pessoas.
A expectativa da empresa é que, após seis meses de liberação, o nível da população do mosquito transmissor da dengue e da chikungunya – também transmitido pelo Aedes aegypti – na área tratada caia significativamente em relação às áreas não tratadas.