Notibras

Sarah Munck, poetisa de felinos pretos e pássaros no céu de beleza e poesia

Foi aos poucos que convencemos Sarah Munck Vieira a aceitar compartilhar com os leitores de Notibras seu Lado B. E até agora ainda não consegui decifrar este felino-enigma – ela é a “dona dos gatos pretos” em sua rua. Mais Mineira que das Gerais. Talvez seja sua ancestralidade germânica, ou o próprio atavismo do discreto povo daquele belo estado. Ela revela pouco.

Mas, quando se propõe a escrever, revela-se. Ou revela um mundo complexo e fantástico de imagens e sensações – quer seja através de sua vibrante poesia ou de sua linda e cuidadosa prosa.

Professora, conhecedora profunda da língua de Mistral e Neruda, trago para vocês um inédito perfil desta Poeta Desbravadora, com o poder de brincar com as palavras, autora de “Digressões em meia-volta”, obra digital e independente, “O Diagnóstico do Espelho”, pela Mondru Editora e que, muito breve, brindará seus leitores com uma obra repleta de pássaros-poemas que já estamos – a equipe de Notibras – ansiosos para ler. Prometemos ampla cobertura ao lançamento.

Consegui apurar que o imprescindível no quotidiano de Sarah são doses diárias de silêncio e solitude. Quando a solitude não se faz possível, as pessoas poderão vê-la pela rua com fones antirruído.

Ama a companhia das pessoas, mas precisa da natureza e do verde para se recarregar.

O primeiro poema foi aos sete anos, sobre um pássaro liberto. Certamente deixou a semente prestes a germinar, no próximo livro, que levará a imagem dos pássaros.

A delicadeza da poesia não a afasta dos esportes, fato que ensina que tanto um quanto o outro revelam a força da autosuperação!

Estudou música desde pequena, o que a ajudou a se socializar.

Não dispensa um chocolate, assumindo-se chocólatra.

Seu sonho é um carro elétrico. Mas precisa resolver a questão da habilitação primeiro. Atenta às questões ambientais, em sua casa a energia já se tornou solar.

A propósito de sua alma felina, escreveu sobre isso belo poema, em que diz ter “um felino preto” dentro de si, com temor de sair à noite e ser jogada na fogueira. Se o poema é autobiográfico, ou não, ela não o confessa.

Tem pouquíssimos amigas e amigos verdadeiros, mas eles lhe são verdadeiramente fiéis.

Professora por escolha e paixão: às alunas e alunos uma caneta e um par de ouvidos e eles sonharão e transformarão o mundo!

Nossas páginas estão sempre prontas a acolher seus gatos e pássaros, Professora Sarah!

……………………………………

Cassiano Condé, 81, gaúcho, deixou de teclar reportagens nas redações por onde passou. Agora finca os pés nas areias da Praia do Cassino, em Rio Grande, onde extrai pérolas que se transformam em crônicas.

Sair da versão mobile