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Sarah, traída por Astolpho e a namorada Sophia

Sarah, mulher de seus quase 60, era do tipo que praticamente só conhecia o caminho de casa pro trabalho, do trabalho pra casa. Mal saía para comemorações e, quando o fazia, sempre era acompanhada por Astolpho, o marido pouco mais velho e extremamente ciumento. Ela até que gostava desse sentimento, pois se sentia amada como nenhuma outra.

Certo dia, lá estava a Sarah, que era gerente de um banco, atendendo uma cliente. Esta nem havia chegado aos 30, o que era facilmente percebido pela cútis de quase menina. Seu nome? Bem, seu nome era Sophia. Isso mesmo, Sophia com ph, como gostava de frisar. Ela havia se dirigido ao banco para resolver burocracias de cadastro, já que o divórcio a fez novamente com nome de solteira: Sophia Maria de Almeida, agora sem o França.

Enquanto mexia no computador para alterar o nome da cliente, Sarah percebeu a fotografia de tela do aparelho celular de Sophia, que o havia colocado sobre a mesa. Não podia acreditar no que estava diante de seus olhos, que se arregalaram até que as pupilas quase explodissem. No entanto, profissional que era, completou o atendimento e, logo em seguida, comunicou a um colega que precisaria ir embora, pois não estava se sentindo muito bem.

Já em casa, encontrou Astolpho preguiçosamente recostado no amplo sofá da sala. Ela passou direto por ele, que ainda pediu uma cerveja. Sarah, pacientemente, foi até a cozinha, abriu a geladeira, pegou a tal latinha e a entregou ao marido. Em seguida, ela foi até o quarto, de onde, minutos após, saiu com uma enorme mala abarrotada de roupas. Voltou para a sala, onde Astolfo dava o seu último gole na bebida.

– Que mala é essa? Vai viajar?

– Não! Eu não!!! Quem vai é você, seu cretino!, disse Sarah, ao mesmo tempo em que abriu a porta da rua e atirou a mala na calçada.

Astolpho, sem nada entender, perguntou o que era aquilo tudo. Sarah, quase calmamente, falou da fotografia que havia visto no aparelho celular da Sophia, aquela que tinha ph no nome. Pois é, o Astolpho aparecia dando um apaixonado beijo nos lábios carnudos da cliente da Sarah. Ele ainda tentou explicar, mas nada convencia Sarah, que começou a xingar o traidor.

– Sarah, meu amor, você está pegando muito pesado comigo!

– Astolpho, pesado é hipopótamo!!!

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