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Mata em chamas

Satélites apontam recorde de queimadas, com 95 mil focos

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Paulo Beraldo

O clima quente e seco, a estiagem e a vegetação seca em muitas regiões do País fizeram com que os primeiros 22 dias de setembro batessem o recorde de incêndio para um mês. Foram 95 046 pontos de incêndio em todo o Brasil, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o maior número da série histórica, começada em 1999. Até então, o maior número era de 94 516, registrado em setembro de 2007.

Fotos de satélite mostram o estrago provocado pelas chamas em diferentes regiões brasileiras.

O pesquisador Alberto Setzer, encarregado das pesquisas de monitoramento de queimadas no Inpe, disse que 2017 deve ser o pior dos últimos 15 anos em termos de queimadas. Mas ressalta que o motivo pelo número elevado de incêndios não é apenas o clima, que cria as condições para propagação do fogo. “A responsabilidade pelo início dos incêndios é das pessoas, seja por ação proposital ou descuido, e ela está mais ativa este ano”, diz.

No total deste ano, são 185.343 focos de incêndio ao redor do País. A quantidade já supera anos como 2013, 2011, 2009 e 2008. Por enquanto, o ano com maior número de queimadas é 2004, com pouco mais de 270 mil focos. Os Estados com mais queimadas no ano são Pará, com 40.303, Mato Grosso, com 34.731 e Maranhão, com 20.352. Sozinhos, respondem por 51,4% dos focos neste ano.

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