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Saúde muda escala de pediatras para atacar surto de bronquiolite

A escala de pediatria nos hospitais regionais e nas unidades de pronto atendimento (UPAs) de Brasília foi alterada para atender ao aumento da demanda provocada por um surto de bronquiolite, comum nesta época do ano. A medida foi tomada diante do déficit de pediatras nas regiões administrativas, já que o quadro de profissionais no atendimento público ainda não é suficiente para suprir toda a demanda.

A orientação é que os pais, antes de procurar uma unidade, verifiquem no site da Secretaria de Saúde onde há mais profissionais atendendo naquela semana (veja a escala desta semana aqui). As mudanças devem durar até o início de maio. “Por isso fizemos as escalas observando as regiões mais próximas, uma apoiando a outra”, explica a coordenadora de pediatria da Secretaria de Saúde, Carmen Martins.

A escala seguirá uma logística de atendimento por regiões administrativas. Nesta quarta-feira (8) pela manhã, por exemplo, haverá um pediatra no Hospital Regional de Taguatinga, dois na UPA do Recanto das Emas e nenhum na UPA de Samambaia. “Assim, orientamos que o paciente procure a unidade com o maior número de médicos”, observa Carmen.

A Secretaria de Saúde orienta os pais a buscarem atendimento médico de casos menos graves primeiro nos centros de saúde mais próximos de casa e não a emergência do hospital. “A criança poderá ser atendida lá mesmo ou, se for mais grave, o médico encaminhará para o hospital”, orienta a coordenadora da pediatria. Onde houver apenas um profissional, a prioridade de atendimento será para os casos mais graves.

A escala dos pediatras será atualizada semanalmente no site da Secretaria de Saúde. A medida adotada é temporária. A expectativa é de que, em breve, 133 novos profissionais já aprovados em concurso público sejam contratados. A solicitação foi feita ao governo. Segundo Tadeu Palmieri, subsecretário de Atenção à Saúde, espera-se que pelo menos 100 pediatras sejam efetivados.

Atualmente, a rede pública de saúde de Brasília conta com 560 pediatras, porém, apenas cerca de 460 estão efetivamente trabalhando. O restante está em licença maternidade, licença prêmio ou de atestado médico. O déficit destes profissionais na rede pública do Distrito Federal, segundo Palmieri, é de 276 pediatras.

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