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Saúde sente as dores do Planalto e fura Globo e Veja com campanha da camisinha

Pela primeira vez na história das campanhas publicitárias para o uso de preservativos no Carnaval, os dois maiores veículos de comunicação do País em seus segmentos (a Globo, televisão, e a Veja, revista impressa) não vão ganhar uma fatia do bolo publicitário. A decisão foi tomada por Bruno Botafogo, assessor de Publicidade do Ministério da Saúde.

A Calia, agência encarregada da criação, produção e veiculação da campanha, chegou a ponderar os riscos de fracasso do projeto, que tem um custo de 14 milhões de reais, como consequência do alijamento daqueles dois veículos.

A decisão de BB, como é conhecido no meio publicitário o assessor do ministro Arthur Chioro, causou estranheza no próprio Palácio do Planalto.As gerências comerciais da Globo e de Veja, procuradas, não retornaram as ligações.

“Se a Vênus Platinada (Globo) e a publicação da arvorezinha (Veja) fizeram campanha contra a reeleição da presidente Dilma, isso é coisa do passado. Não somos de guardar mágoas e o Botafogo deve rever sua posição”, confidenciou a Notibras um interlocutor palaciano, evitando nominar os dois veículos desafetos do PT na última campanha presidencial.

Informações oficiais indicam que a Globo e a Veja foram excluídas da campanha por conta de um impasse no custo da veiculação das peças publicitárias. Extraoficialmente, porém, comenta-se que Bruno Botafogo, recém chegado ao Ministério da Saúde, decidiu sentir as dores do PT, que tem uma ala favorável ao rompimento do governo com emissoras e publicações que criticam a administração petista.

Karla Maranhão

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