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Fechando o cerco

Saúde vai ter que explicar gastos com Covid

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Os contratos da Secretaria de Saúde estão na mira dos parlamentares que fazem parte da Comissão Especial do Covid-19 no Distrito Federal. Aditivos concedidos perto do fim do funcionamento de hospitais de campanha chamaram atenção da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania), que pretende entrar com um pedido de informações.

Paula contestou o envolvimento da Odebrecht, sem contratação formal, na construção de hospitais de campanha e a liberação de recursos à Contarpp Engenharia a poucos dias do fim do funcionamento da unidade do estádio Mané Garrincha. As informações levantadas pela deputada também dão conta que funcionários da Contarpp trabalhavam nas obras do hospital de campanha antes de qualquer contrato formal com o GDF.

Após os questionamentos, a secretária-adjunta de gabinete, Beatris Gautério de Lima, afirmou que as informações são referentes à gestão anterior. A gestora admitiu que há dificuldade em lidar com esses assuntos. “A maioria das questões levantadas não pode ser respondida. Temos situações atípicas, com prestadores de serviço sem contrato formal, sem documento oficial”, afirmou. Beatris revelou também que o aditivo pago à empreiteira não possui formalização.

A cúpula da Secretaria de Saúde, responsável por vários desses contratos, foi presa após a Operação Falso Negativo, que investigava a compra de testes rápidos superfaturados e sem qualidade atestada. “Vamos requerer esses dados via pedido de informações, pois são valores muito altos. Mesmo que não fossem, trata-se de dinheiro do contribuinte”, anunciou a deputada Paula Belmonte.

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