Se a língua desenfreada dança,
E o coração se perde em tolos pareceres,
O religioso, em sua falsa esperança,
Engana-se, pois sua fé não tem poderes;
Se a língua não refreia, qual praga,
E o amor ao próximo, torna-se ausente,
A religião, como um rio sem água,
É vazia, sem frutos ou sementes;
Na quietude da noite, a alma busca abrigo,
Nas estrelas que cintilam no céu infinito,
Mas se a língua persiste em seu castigo,
A fé definha, e o coração se torna aflito;
O templo de pedra, erguido com esmero,
Não é mais que sombras e ilusões,
Se a língua não proclama o amor sincero,
E o amor ao próximo, se perde em confusões