Cláudio Coletti
Nestas terça e quarta-feiras, o Tribunal Superior Eleitoral julgará a ação do PSDB que pede a cassação do registro da chapa Dilma-Temer, vitoriosa em 2014, sob acusação de ter usado na campanha eleitoral recursos roubados na Petrobras.
A informação corrente é que o ministro-relator Herman Benjamin aceitará a tese dos tucanos, propondo a rejeição do registro da chapa. Se a proposta for aceita pelo plenário do TSE, Michel Temer anunciou que recorrerá da decisão junto ao STF.
Temer pedirá que sua prestação de contas seja julgada separada da de Dilma Rousseff. Sua ideia é empurrar o processo com a barriga até o fim do seu mandato, em 31 de dezembro de 2018.
Como parte dessa estratégia, não será surpresa se algum ministro pedir vista do processo. Restaria ao Brasil ficar numa situação de constrangimento geral, com um presidente condenado pela Justiça Eleitoral, mas gerindo seus destinos. Qual seria a reação da população?