Em meio à transição e início de governo, os primeiros meses de 2019 tendem a ser de incerteza e espera para diversos setores da economia brasileira. Entre eles, o mercado financeiro, que vem convivendo com a crise e o posterior lento crescimento há pelo menos quatro anos.
Tal contexto faz com que analistas do mercado financeiro indiquem que investimentos de longo prazo são ‘saídas’ melhores para os investidores no primeiro semestre do próximo ano.
Principalmente pelo fato de que as grandes questões que envolvem o cenário externo e interno já terão caminhos mais ‘claros’. Incluindo as questões ligadas a prováveis privatizações promovidas pelo novo governo.
Longo prazo – Investimentos deste tipo são realizados através de diversas análises sobre um negócio. A principal é a análise fundamentalista. O método se baseia no estudo que leva em consideração a situação financeira, econômica e setorial de uma empresa para descobrir qual o real valor daquela companhia, além de entender as projeções futuras que envolvem o grupo
Entre os índices fundamentalistas, o de rentabilidade de uma empresa é apontado pelos especialistas como um dos mais importantes para se fazer um bom negócio. Afinal é o método que avalia quão eficiente uma companhia é ao utilizar o seu capital próprio e de terceiros para produzir lucros.
Um dos pontos buscados por analistas quando olham para um investimento de longo prazo são os dividendos de ações pagos pela empresa. Isso significa quanto aquela companhia pode remunerar seu acionista com seus lucros. Geralmente, investidores buscam empresas que tem capacidade de pagar acima de 6% do seu valor de mercado em dividendos anuais.
Diversificação – A formação de uma carteira de investimentos com foco em longo prazo passa pelo conceito de diversificação. Isso evita, por exemplo, que uma crise setorial acabe diminuindo a rentabilidade do investidor.
Isso porque a diversificação nos investimentos é uma técnica voltada para o gerenciamento de risco. Isso passa pela escolha de tip os de ações que não tenham relação entre si.
Contudo, há o consenso entre analistas que fundos de renda fixa não devem ser um bom negócio para o próximo ano. Principalmente pela expectativa que os juros continuem baixos. Segundo o Boletim Focus do dia 10 de dezembro, para 2019 a expectativa é de que a Selic acabe o ano a 7,50%.