Marta Nobre, Edição
Em sessão extraordinária, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (30), os nomes de Renato Porto e William Dib para ocuparem cargos na diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As mensagens ainda devem ser analisadas em Plenário.
‘Afilhado político’ de Eunício Oliveira (PMDB-CE) Renato Porto é formado em Direito e com especialização em Vigilância Sanitária e Direito Processual Civil. Ele já ocupou o cargo de diretor da Anvisa em 2013 e agora terá mais um mandato de outros dois anos de trabalho.
A sessão transcorreu sem polêmicas e isenta de abordagens políticas. Sequer houve questionamentos técnicos. Também não se falou, durante a sabatina, sobre as delações de laboratórios farmacêuticos à Operação Lava-Jato, onde há apuração de repasses de quantias que ultrapassam os R$ 5 milhões para a campanha de políticos.
Renato Porto, formado em Direito e com especialização em Vigilância Sanitária e Direito Processual Civil, já foi diretor da Anvisa e agora obtém mais um mandato de dois anos de trabalho na diretoria colegiada.
Durante a sabatina, em resposta ao senador Dalirio Beber (PSDB-SC), Porto citou como meta combater uma das maiores dificuldades enfrentadas na entidade em sua primeira passagem: as diversas metodologias de trabalho e formas de gestão, que acabam limitando a atuação e estendendo prazos desnecessariamente.
– É uma grande agência com vários tipos de serviço que precisam ser homogeneizados, disse.
Servidor de carreira da agência desde 2005, Porto também mencionou avanços obtidos nos últimos anos e que renderão frutos futuramente, como a resolução que obrigou toda a indústria alimentícia a destacar a existência de proteínas alergênicas de determinado produto em suas embalagens. O trabalho se deu a partir do esforço de quatro mães que pediram providências à agência.
Outro trabalho destacado foi a aprovação do Brasil para fazer parte da Conferência Internacional em Harmonização (ICH). Ele classificou a entidade como a “ONU dos medicamentos” e observou que integrá-la coloca o país em contato com as técnicas e normas mais avançadas do mundo, facilitando procedimentos para a aprovação do uso de fármacos pelo Brasil.
– É a grande chancela da qualidade da regulação brasileira, comemorou.
O outro sabatinado foi William Dibb . Médico cardiologista e especializado em Saúde Pública e Administração Hospitalar, o novo diretor já foi prefeito, vice-prefeito, secretário de saúde e deputado federal.
“Vim disposto a colaborar com o que já tem sido feito pela Anvisa, para que a agencia consiga atender aos reclamos da sociedade, me aliando ao alto trabalho de qualidade que já tem sido feito. Não vou inventar a roda”, afirmou.