Secretaria municipal quer o fim das charretes na Ilha de Paquetá
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emA Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (Sepda) da Prefeitura do Rio de Janeiro posicionou-se a favor da extinção da prática de tração animal na Ilha de Paquetá. A posição da pasta foi exposta durante a realização do 1º Fórum de Proteção e Defesa dos Animais da Comissão de Representação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que trata do tema, realizado nesta segunda-feira (19).
A comissão, presidida pelo deputado Thiago Pampolha (PTC), também defendeu o fim dos trabalhos de tração. Pampolha assinalou o tema como polêmico, mas afirmou que é uma prática que se encaminha para o fim. “A extinção desses trabalhos depende do prefeito, mas nós, em parceria com a Sepda, nos posicionamos contrários à continuidade da tração animal, que certamente vai acabar”, disse.
Atualmente cerca de dez animais de tração, como cavalos, são abandonados por dia no município do Rio, segundo dados da Sepda apresentados pelo veterinário Alceu Cardoso. Alceu caracterizou o uso de animais em ramos como o da agropecuária como um retrocesso, já que hoje em dia o trabalho é todo mecanizado. Segundo ele, a secretaria desenvolveu um plano de contingência para receber os animais de Paquetá, que sofrem de maus tratos e vivem em condições precárias, dormindo sobre fezes em espaços pequenos e sem alimentação adequada.
Cardoso disse, ainda, que a Prefeitura conta com o Centro de Proteção Animal na Fazenda Modelo, em Campo Grande, zona Oeste da capital, onde já existem animais alojados. “Temos um local específico para estes animais, e estamos preparados para recebê-los caso o serviço oferecido em Paquetá acabe. Temos alimentos, profissionais gabaritados para recebê-los e piquetes para que os animais fiquem soltos, em um ambiente natural”, explicou Cardoso.
Ativistas presentes na audiência pediram o fim do serviço também na Praça Xavier de Brito, na Tijuca, zona Norte do Rio, e em outros locais onde existe a prática da tração animal.