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Secretário do governo se demite após atraso de dois minutos

Foto: Reprodução/Youtube

Um secretário de Estado do governo britânico provocou estupefação geral na Câmara dos Lordes ao pedir renúncia por ter chegado dois minutos atrasado na sessão em que deveria responder à perguntas colocadas ao Executivo.

Michael Bates, secretário de Estado do Departamento para o Desenvolvimento Internacional desde 2016, disse estar “envergonhado” por não estar no lugar na hora marcada e informou que iria pedir a demissão, saindo da sala enquanto se ouviam gritos de “não” dos outros presentes na sessão.

Foi um dos pedidos de demissão mais dramáticos dos últimos anos, disse o jornal britânico The Guardian.

Bates, que faz parte da Câmara dos Lordes desde 2008, levantou-se e saiu depois de dirigir um pedido de desculpas a Ruth Lister, dos trabalhistas.

Ruth Lister disse ao The Guardian que já escreveu uma nota a Bates pedindo-lhe que reconsiderasse a demissão, que o Executivo britânico não aceitou.

Veja o vídeo: 

“Quero pedir as mais sinceras desculpas à baronesa Lister pela minha descortesia ao não estar no meu lugar para responder à pergunta dela sobre um assunto muito importante no início da sessão”, disse Bates. “Sempre acreditei que nos devemos reger pelos mais altos padrões de cortesia e respeito quando respondemos em nome do governo às questões legítimas da legislatura. Estou envergonhado por não ter estado no meu lugar e portanto vou entregar a minha demissão à primeira-ministra com efeitos imediatos. Lamento”, concluiu o secretário de Estado. Nesta altura, pegou nas pastas que transportava com documentos, pô-las debaixo do braço, levantou-se e saiu, enquanto se ouviam gritos de protesto.

Bates deveria ter começado a responder a questões às 15:00, mas chegou dois minutos atrasado e por isso perdeu uma pergunta sobre desigualdade de rendimentos. Na ausência do secretário de Estado, a resposta foi dada por John Taylor, líder da bancada dos trabalhistas.

“Com a sinceridade que é típica, o Lorde Bates ofereceu a sua demissão depois de faltar ao início de uma sessão de perguntas na Câmara dos Lordes, mas a resignação foi recusada por ser considerada desnecessária”. disse um porta-voz de Downing Street.

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