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Atenção redobrada

Segunda onda dispara casos de Covid na Europa

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Sudip Kar-Gupta e Thomas Seythal - Reuters/Via ABr

Autoridades europeias pediram, nessa quinta-feira (12), que se evite baixar a guarda diante da covid-19 e disseram que as medidas para controlar uma disparada de infecções precisam ser mantidas agora que o inverno se aproxima, apesar da esperança de que novas vacinas possam controlar a pandemia.

O anúncio feito pela Pfizer nesta semana sobre uma vacina potencialmente eficiente criou a expectativa de que o fim de meses de crise esteja à vista, fazendo os mercados financeiros decolarem e estimulando o anseio por um Natal quase normal.

Mas autoridades de saúde e líderes de toda a região pediram às pessoas que continuem obedecendo os lockdowns, já que ficou claro que as vacinas não chegarão cedo o suficiente para muitas vítimas da covid-19 e para economias em recessão.

“Seria irresponsável suavizar o lockdown agora”, disse o primeiro-ministro francês, Jean Castex, em entrevista coletiva. Ele alertou que, apesar dos sinais de uma desaceleração nas infecções, os avanços são frágeis. A França tem o maior número de casos da Europa.

A Pfizer e sua parceira alemã BioNTech só conseguirão produzir vacinas suficientes para tratar 25 milhões de pessoas neste ano, isso se ela for aprovada – o número não chega nem perto do suficiente para amenizar a pressão do inverno nos sistemas de saúde.

Na Itália, que relatou 623 mortes na quarta-feira e ultrapassou 1 milhão de casos, e na Alemanha, que também viu as infecções voltarem a atingir níveis testemunhados no início da crise, autoridades disseram que qualquer volta à normalidade exigirá tempo.

“Realmente precisamos aguentar firme por mais um par de meses”, disse Lothar Wieler, chefe do Instituto de Doenças Infecciosas Robert Koch, da Alemanha.

A situação dura enfrentada pela Itália na primeira onda da pandemia foi ressaltada por um vídeo publicado em redes sociais, que mostra um cadáver estendido no vaso sanitário de um hospital – aparentemente, o paciente morreu enquanto esperava por um exame.

Depois de obterem algum controle sobre a pandemia com lockdowns generalizados há alguns meses, governos de toda a região impuseram novas restrições para tentar conter uma nova leva de infecções, mas ainda não viram melhoras na escala necessária.

Depois que a euforia que se seguiu ao anúncio da Pfizer arrefeceu, as ações europeia recuaram de suas altas de oito meses, e dados econômicos ruins do Reino Unido aumentaram as dúvidas sobre a recuperação da queda brutal causada pelos primeiros lockdowns.

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