Em um mundo de tantos destaques, pessoas especiais, com títulos, altos cargos e habilidades inimagináveis, os reles mortais, as chamadas “pessoas comuns” ficaram cada vez mais raras. Confesso que ao meu ver essa não é uma qualidade e sim um grande problema, afinal, segundo a sociedade, pessoas especiais não tem o direto de errar, não precisam de autorreforma e muito menos de novos aprendizados.
Todo este conceito de excelência é uma utopia, por mais que tenhamos desenvolvido habilidades em determinados campos, em outros somos extremamente carentes e necessitados. Precisamos uns dos outros para nos desenvolver, para aprendermos e crescermos. Estamos todos neste globo, sem qualquer exceção, em processo de desenvolvimento, estamos em uma grande escola, angariando experiências e passagens.
Seja comum
Quando vestimos nossa real essência e descemos deste pedestal imaginário, nos damos a chance de sermos falhos, de participar em conjunto, de vivenciar coisas e situações das mais diversas espécies. Esta permissão se assemelha muito a nossa fase infantil, quando somos crianças nos permitimos as mais diversas facetas, interpretamos diversos personagens, caímos, levantamos e vamos aprendendo durante todo este processo. O maior problema é que quando crescemos perdemos este brilho no olhar e não nos permitimos mais ser falhos e, às vezes, fracos.
Abandone esta ideia de perfeição, escolha você também ser uma pessoa comum, permita-se aprender com todos que estão à sua volta, inclusive com as situações que você vivencia diariamente. É tão bom ser comum, é tão gratificante ser falho e ter a chance de aprender, de fazer de novo, e de novo e mais uma vez.
Simplicidade
A simplicidade tornou-se artigo de luxo. Infelizmente já nos acostumamos com as atividades difíceis, cotidianos atribulados, tarefas e trabalhos complexos. Ignoramos coisas simples, que muitas vezes já fazem parte de nosso cotidiano, como um lindo pôr do sol, o canto dos pássaros, um sono reconfortante em uma rede, estar em contato com a natureza, o sorriso de uma criança e mais milhares de coisas que presenciamos.
Hoje peço que por alguns instantes você deixe de lado seus conceitos e ideias sobre satisfação e realização e, pense a respeito das coisa simples que já fazem parte da sua vida. Tente adicioná-las na sua mente e no seu coração, preste bem atenção e perceba como estas coisas revigoram nossa alma, como elas nos transmitem felicidade.
Permita que a simplicidade adentre o seu coração e faça parte desta nova “pessoa comum” e veja que tudo, absolutamente tudo, que você precisa para ser feliz já está em suas mãos.