Todas as seleções que proibiram que seus atletas fizessem sexo durante a Copa do Mundo já foram eliminadas. Das oito equipes que ainda permanecem no torneio, Alemanha e Holanda liberam totalmente as atividades sexuais de seus jogadores. Já Brasil, Bélgica, França e Costa Rica admitem as relações, mas com algumas restrições. A política de Argentina e Colômbia sobre o assunto é desconhecida.
O levantamento foi feito pelo site “Quartz” e revelado pelo Terra. A reportagem lembra que alguns times têm políticas claras e públicas sobre sexo. Para fazer o levantamento, o “Quartz” considerou que as equipes que permitiam esposas e namoradas de ficarem com os jogadores ou os visitarem, ou que não tinham uma proibição explícita permitiam o sexo.
Para fazer o levantamento, o “Quartz” considerou que o sexo era liberado quando as equipes permitiam esposas e namoradas de ficarem com os jogadores ou os visitarem (por exemplo: Itália), quando impunham leves restrições, como banir relações sexuais apenas nas noites de vésperas de jogos (por exemplo: Espanha e Alemanha) ou quando não tinham um veto explícito à prática. Estão nesse grupo, além das citadas nos exemplos acima, Holanda, Estados Unidos, Austrália, Suíça, Uruguai e Inglaterra.
As seleções que tinham mais restrições foram consideradas como “é complicado”. Nessa categoria está o Brasil. Em abril, o técnico Luiz Felipe Scolari disse que não via problemas em relações sexuais, desde que fossem “equilibradas”.
“Se for sexo normal, sim. Se for normal é normal, não é lá em cima no telhado. Normalmente, o sexo normal é feito de forma equilibrada, mas tem algumas formas, alguns jeitos e outras pessoas que fazem malabarismos. Isso aí não pode”, explicou Felipão.
A França estabeleceu regras parecidas com as da seleção brasileira a seus jogadores. Houve equipes que impuseram limitações de avanço na competição ou temporais, como a Costa Rica, que baniu seus atletas de transarem até as oitavas de final, e a Bélgica, que proibiu relações durante as três primeiras semanas da Copa. Já a Nigéria liberou sexo com esposas, mas não com namoradas e afins.
Quatro equipes proibiram publicamente relações sexuais: Chile, Rússia, México e Bósnia e Herzegovina. E as 14 não se manifestaram sobre o assunto: Argentina, Colômbia, Camarões, Japão, Argélia, Croácia, Equador, Grécia, Honduras, Irã, Costa do Marfim, Portugal, Gana e Coreia do Sul.
A questão sobre se a prática de sexo antes de uma partida prejudica ou melhora a atividade dos jogadores é controversa. De um lado, há os que acreditam que a abstinência ajuda os esportistas a melhorarem a concentração e os deixa com mais energia. O boxeador Muhammad Ali, por exemplo, não transava nas seis semanas que antecediam uma luta. Alguns pesquisadores alegam que a crença deriva da teoria de que frustrações sexuais geram agressividade – algo considerado desejável em esportes como o futebol.
Do outro lado, estão os defensores de que o ato da ejaculação libera testosterona, o hormônio do desejo sexual e da agressividade, no corpo, melhorando o desempenho do atleta. Além disso, há estudos provando que relações sexuais ajudam a aliviar contusões e a ansiedade pré-jogo. O ex-atacante da seleção brasileira e atual deputado federal Romário (PSB-RJ), sempre foi a favor da prática.
“Acho que teria de estar no contrato do jogador de futebol: o jogador tem de transar no dia anterior e, se puder, no dia do jogo. Eu, quando transo antes do jogo, sinto uma coisa muito diferente. Fico leve, minhas pernas ficam ágeis, mexem mais. Claro que isso é muito de cada um. Conheço amigos que não podem transar antes e muito menos no dia do jogo; e conheço pessoas que transam antes, transam no dia e dá tudo certo. Não é só porque eu faço que os outros têm de fazer, mas, se eu não transar um dia antes do jogo, vai faltar alguma coisa nos meus movimentos”, declarou o baixinho em entrevista à revista “Trip” em 1999.