A verdade é que essa dor não passa.
Disciplina ou não, tem que ter compaixão.
Você deita e se pergunta todo dia:
Se você sumisse, seria essa a melhor solução?
Continua esperando a resposta.
Estamos todos, na vida, na roda da aposta.
Aguardando nossa felicidade.
Parece que não chega, independentemente da idade.
Que horas meu amor chegará?
Que horas minha alegria vem?
Já estou na espera desse trem.
Sinto-me vazio e neste vagão não há ninguém.
A doença me mordisca por dentro.
Esse é o grito do meu lamento,
Que me come por inteiro, desde então.
Meus algozes: ansiedade, gastrite e depressão.
Meu carrasco foi você, esperança.
Deixou uma faísca para me vigiar.
Queria ver se eu ainda conseguia sonhar.
Você partiu e me deixou sobre o altar.
Regozijo-me em mim, em busca de amor próprio.
Só que já não há mais forças.
Chame sua amiga, a morte.
Veja se hoje ainda estou com sorte.