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Sem-teto cobra moradia, ataca governo e ameaça incendiar toda Brasília

Um grupo de manifestantes colocou fogos em pneus, obstruindo o Eixinho Norte durante uma hora. Eles integram o Movimento Resistência Popular pelo Direito à Cidade, que ocupa há nove dias o estacionamento da Secretaria de Fazenda. Os sem-teto pedem a prorrogação de auxílio-aluguel de R$ 600 pagos pelo GDF.

Uma integrante do movimento adiantou o grupo pretende agir de maneira “radical”. “Ou o governo responde ou colocamos fogos em Brasília toda. Já são nove dias e nada de o governo responder”, disse.

Um dos líderes do grupo, Edson Silva afirmou que os manifestantes devem continuar o protesto até terem uma casa liberada num dos programas do governo. “Até agora não ouvimos nada. Parece que o Rollemberg não está muito preocupado com o povo”, disse. “Aqui tem crianças, deficientes, mulheres grávidas e ninguém vem nos procurar.”

No acampamento, o grupo divide um único fogão para preparar as refeições servidas no almoço e jantar. A maior parte dos manifestantes mora nas cidades satélites. Entidades de assistência social enviam mantimentos como arroz e cenoura. À noite, um turno faz a vigilância para que não haja ocorrências com o acampamento.

“As famílias estão aqui porque não têm aonde ir”, diz Silva. Outra integrante do grupo, Rosa Silva, de 42 anos, reclama do frio que sente à noite. “Moro numa invasão em Samambaia, e vim aqui para apoiar nossa demanda.”

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