O sequestrador de um avião de EgyptAir com 63 passageiros e tripulantes a bordo foi detido em um aeroporto do Chipre nesta terça-feira, segundo a polícia. O incidente terminou sem mortes, mas reforçou as preocupações sobre a segurança nos aeroportos do Egito.
O homem, que alegou estar usando um cinturão com explosivos, tomou o controle do Airbus A320 que decolou de Alexandria e seguiria para a capital egípcia, o Cairo. O homem forçou o piloto a voar para a ilha de Chipre, no Mediterrâneo, onde a aeronave pousou no aeroporto internacional de Larnaca. Os passageiros foram sendo liberados após negociações.
Um agente de polícia cipriota disse que o sequestrador, que não tinha sido ainda identificado, havia exigido a libertação de 63 mulheres presas no Cairo. Ele também exigiu que uma carta fosse entregue à ex-mulher dele, que vive no Chipre, acrescentou o agente.
o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, disse que o sequestro “não era algo que tenha a ver com terrorismo”. Uma autoridade do governo cipriota, que pediu anonimato, disse que o homem “parecia estar apaixonado”. Já a polícia do Chipre afirmou que o homem exigiu a libertação de 63 mulheres presas no Cairo.
Anastasiades, que falou ao lado do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, na Nicósia, foi questionado por repórteres sobre se poderia confirmar que o incidente tinha ocorrido por causa de uma mulher. “Sempre há uma mulher”, respondeu a autoridade.
Uma autoridade de aviação civil, que pediu anonimato, disse que o homem deu aos negociadores o nome de uma mulher que vive no Chipre e enviou a ela um envelope. A relação entre o homem e a mulher não estava clara.
O voo MS181 decolou da cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, e seguiria para o Cairo com pelo menos 55 pessoas a bordo, entre elas 26 estrangeiros, e uma tripulação de sete membros. Não estava claro ainda o nome do sequestrador. Em entrevista coletiva no Cairo, o ministro da Aviação Civil do Egito, Sharif Fathi, recusou-se a identificá-lo.
Um porta-voz do governo egípcio, Hossam al-Queish, disse anteriormente que o sequestrador era Ibrahim Samaha. Uma mulher egípcia que se identificou como a mulher de Samaha, porém, disse que seu marido não era o sequestrador e que o companheiro estava seguindo para o Cairo para, em seguida, voar para os EUA para uma conferência.