“Domingo, eu vou ao Maracanã…” este trecho de uma marchinha de Carnaval antiga, cantado em todos os carnavais, está agora mais do que nunca fora da realidade atual. O povo não pode ir mais ao Maracanã no domingo ver uma partida de futebol. Com a privatização do ex-maior estádio do mundo pelo ex-governador Sérgio Cabral, com o apoio do seu sucessor no cargo, Luiz Fernando Pezão, o ingresso mais “barato” custa agora R$ 100 e muita gente não tem isso disponível para ir ao estádio. Nem para levar a família, o que tornaria o programa ainda mais caro.
Além disso, a reforma bilionária – R$ 1,2 bilhão – bancada com recursos públicos, acabou com a chamada Geral, o setor mais popular e com ingressos a R$ 20. Ir ao Maracanã virou definitivamente programa para turista estrangeiro ou de classe média. Logo após a reforma, o novo consórcio quis proibir os torcedores de levarem bandeiras dos times ao estádio, limitando a manifestação das torcidas. Só não o fez porque houve reação popular nas redes sociais.
Outra iniciativa malograda foi tentar demolir a pista de atletismo Célio de Barros, ao lado, para a construção de um estacionamento. O que implicaria também na demolição do Museu do Índio, ali próximo. O povo foi às ruas e atletas chiaram. O governo teve que recuar.
Agora, a empresa GL Events, responsável pelas estruturas temporárias do Maracanã na Copa das Confederações, em 2013, se prepara para assinar outro contrato similar. Mesmo antes da publicação do edital de licitação pelo Governo do Estado, a empresa está importando geradores de energia elétrica do estádio para a Copa do Mundo. O contrato que a empresa calcula já ter ganho é de R$ 33,7 milhões.