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Sérvia liquida Brasil na prorrogação e é nova campeã Sub-20

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Com um gol nos últimos minutos da prorrogação, a seleção brasileira foi derrotada neste sábado pela Sérvia, por 2 a 1, na final do Campeonato Mundial sub-20 de futebol, na Nova Zelândia, e perdeu a chance de conquistar o hexacampeonato do torneio.

A partida, disputada no estádio North Harbour, em Auckland, tinha terminado empatada em 1 a 1 no tempo regulamentar. Quando tudo indicava que a decisão iria para os pênaltis, a Sérvia marcou aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação e conquistou seu primeiro título mundial como nação independente.

Com isso, o Brasil perdeu a oportunidade de se igualar à Argentina, com seis conquistas do torneio na categoria, em um jogo equilibrado, com boas chances de ambos os lados.

A seleção começou um pouco instável, mas conseguiu impor seu ritmo e criou muitas chances na primeira etapa. Logo aos nove minutos, o Brasil teve sua primeira chance de marcar, com Jean Carlos, que aproveitou uma sobra depois de uma cobrança de falta e bateu forte, de primeira, da entrada da área, mas parou no goleiro sérvio.

Os europeus responderam logo em seguida, aos 14 minutos, com Maksimovic, que apareceu de surpresa na área após cruzamento de Antonov pela esquerda, mas cabeceou para fora.

Aos 20, a seleção brasileira voltou a assustar com Gabriel Jesus, que fez linda jogada pela direita, se livrou de um marcador com um drible da vaca e chutou cruzado, mas acabou parando nas mãos do goleiro sérvio.

O Brasil continuou em cima dos sérvios e, aos 25, João Pedro perdeu grande chance. O lateral avançou pelo meio, chegou até a área, tabelou com Jean Carlos e chutou rasteiro de canhota. A bola desviou na zaga e passou muito perto da trave esquerda, assustando Rajkovic.

O Brasil controlava o jogo com mais de 60% de posse de bola e a seleção europeia só voltou a ameaçar no final do primeiro tempo. Em cobrança de escanteio, Antonov ajeitou e Milinkovic completou de cabeça na pequena área, mas Jean fez grande defesa e impediu que os sérvios abrissem o placar.

No segundo tempo, o Brasil manteve a mesma postura do primeiro e assustou os sérvios logos aos três minutos. Jorge fez boa jogada pela esquerda, se livrou de um marcador e bateu cruzado. O goleiro sérvio fez boa defesa, mas a bola acabou sobrando para Danilo, que chutou por cima do gol.

A resposta da Sérvia veio aos 15 minutos. Zivkovic recebeu pela direita, fez boa jogada e deixou Gajic frente a frente com Jean. O lateral sérvio chutou forte, mas o goleiro brasileiro fez ótima defesa.

Mesmo controlando as ações da partida, o Brasil acabou sofrendo o gol aos 28 minutos. Maksimovic apareceu pela direita e cruzou para a área. A defesa brasileira vacilou, e a bola sobrou livre para Mandic abrir o placar.

No entanto, a animação da Sérvia durou pouco. Quatro minutos depois, Andreas Pereira, que tinha entrado no lugar de Boschilia, fez grande jogada, invadiu a área driblou três adversários e bateu, marcando um golaço. O goleiro Rajkovic chegou a tocar na bola, mas não conseguiu evitar o gol de empate.

Pouco depois, aos 32 minutos, o Brasil teve nova chance com Marcos Guilherme, que recebeu de João Pedro na entrada da área e chutou colocado, mas Rajkovic fez mais uma grande defesa.

O Brasil continuou mantendo o domínio da posse de bola, trocando passes, mas sem muita presença na área, enquanto a Sérvia se defendia bem e levava perigo nos contra-ataques.

A seleção teve uma última chance de matar o jogo nos acréscimos do tempo regulamentar, em cobrança de falta de Andreas Pereira. O meia, que nasceu na Bélgica, bateu colocado por cima da barreira, mas Rajkovic se esticou todo e conseguiu evitar o gol.

Com o empate, o jogo foi para a prorrogação, mas história se repetiu, com o Brasil tendo mais controle de bola. No final do primeiro tempo extra, a seleção teve duas grandes chances com Malcom, ambas pelo lado direito, mas o atacante acabou parando na defesa sérvia.

No segundo tempo extra, o ritmo da partida caiu bastante, com os jogadores demonstrando cansaço, principalmente os sérvios, que disputavam a quarta prorrogação seguida.

Quando tudo indicava que a decisão iria para os pênaltis, a Sérvia armou um contra-ataque, Maksimovic entrou livre na área brasileira e tocou na saída de Jean, marcando o gol que deu o primeiro título mundial da ex-república iugoslava como nação independente. A antiga Iugoslávia já tinha vencido esse torneio, em 1987, no Chile, quando bateu a Alemanha Ocidental na final.

Mais cedo, na disputa de terceiro lugar, o Mali passou pelo Senegal, de virada, por 3 a 1. Wadji abriu o placar para os senegaleses aos 19 minutos do segundo tempo, enquanto a virada dos malineses veio com dois gols de Traoré, aos 29 e aos 38 minutos.

O Mali ainda ampliou com Diadie Samassekou, nos acréscimos, e repetiu sua melhor atuação em um Mundial da categoria, após a conquista do terceiro lugar no Mundial da Nigéria, em 1999, quando derrotou o Uruguai.

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