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Servidor não se maltrata; ele reage, e para. É a greve que começa na área da Saúde

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Não se brinca com salário, que é um direito sagrado de quem trabalha. Essa foi a palavra de ordem adotada no início da tarde desta sexta-feira, 18, por mais de dois mil servidores de áreas burocráticas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, ao decidirem decretar greve por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada durante assembleia realizada no edifício sede da pasta, antigo prédio da Câmara Legislativa, onde grande parte da categoria esteve reunida com a direção do Sindicato dos Servidores em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde).  A principal reclamação foi a retirada da gratificação GMOV do contracheque dos servidores.

“Essa é apenas uma das 104 categorias que representamos  e serve para mostrar para o governador que não se deve maltratar o servidor, que tanto tem suado para, mesmo com tanta ingerência política, carregar o governo nas costas”, provocou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

No início da semana, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) reuniu a equipe para anunciar o pacote de medidas para conseguir tirar o Distrito Federal da crise financeira. Entre as ações, aumento de impostos, das passagens de metrô e ônibus e ainda a suspensão do reajuste dos servidores determinado por lei.

“O governador nos chamou um dia para dizer que buscaria alguma solução e no dia seguinte mudou radicalmente o discurso ao suspender nossas conquistas, que é nosso direito. Um Poder que deveria acatar as leis faz o inverso e desafia inclusive a nossa Justiça”, continuou Marli.

Com a greve decretada, serviços administrativos como folha de pagamento, contratos, editais, autorizações, aposentadoria e pensões, por exemplo, ficarão suspensos. Os benefícios cortados pelo atual governo foram concedidos pela gestão passada e aprovada, por lei, pelos deputados distritais.

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