No primeiro dia de greve geral dos servidores públicos do Estado, um ato movimentou cerca de dez mil pessoas no trajeto entre o Largo do Machado e o Palácio Guanabara. Em função da grande movimentação, os servidores foram recebidos pelo Secretário de Governo, Affonso Monnerat, e ouviram que apenas o empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco do Brasil (BB) salva o estado do parcelamento da folha de março.
Um possível acerto para o empréstimo, no entanto, é tratado como milagre entre os integrantes do governo. Internamente, a ordem é se planejar para saber quanto será possível pagar no dia 14 de abril, 10º dia útil do mês. A promessa feita pelo governador interino, Francisco Dornelles, é de anunciar a forma de pagamento até amanhã, dia 8.
Enquanto a reunião acontecia, servidores de mais de 30 categorias mostraram seu descontentamento com a situação financeira do Estado. Da saúde à educação, a indignação é grande.
— O movimento é crescente. Queremos que o governador entenda que os servidores não são os responsáveis pela crise. Não queremos congelamentos e parcelamentos de salários. É preciso deixar claro que os serviços emergenciais serão feitos pelas categorias. Tudo será cumprido. A população não terá violentada os seus direitos — disse Ramon Carrera, um dos coordenadores-gerais do SindJustiça e membro do Movimento Unificado dos Servidores do Estado (Muspe).
Para próxima semana, ficou marcada uma assembleia entre os integrantes do Muspe e o governador. O encontro deve acontecer até o dia 13, e servirá para explicar como será feito o pagamento no dia 14. Antes disso, uma nova assembleia, desta vez com o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), também está marcada.