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Estados Unidos

Servidores ficam sem salários e começam a vender itens pessoais

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Enquanto o governo de Donald Trump não encontra uma solução com os opositores do Partido Democrata para acabar com a paralisação das agências federais – que já passa de 20 dias -, muitos dos centenas de milhares de funcionários que ficaram nesta semana mais uma vez sem pagamento precisam escolher o que podem abrir mão e o que é imprescindível para suas vidas.

Um funcionário do governo federal dos EUA em Morgantown, na Virgínia Ocidental, usou sua conta no Facebook esta semana para vender ferramentas de solda, deixadas por seu falecido sogro. Outro, um fã de Star Wars em Woodbridge, na Virgínia, fez o mesmo com uma réplica em tamanho real do sabre de luz de Kylo Ren.

Um pai solteiro em Indiana criou uma série de anúncio no site de leilões eBay com coisas encontradas em sua casa, incluindo Bíblias, lençóis de jogos da Nintendo e gravatas do Dr. Seuss. “Custa US$ 93,88 no Walmart. Estou pedindo US$ 10”, escreveu outro funcionário do governo em um anúncio de uma cadeira de balanço infantil no site Craigslist. “Precisamos de dinheiro para pagar as contas.”

Nos Estados Unidos, viver sem reservas financeiras é algo relativamente comum, independente da profissão. Um relatório recente do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, revelou que a maior parte dos americanos tem pouca folga em seus orçamentos: quatro em cada dez adultos dizem que não conseguem US$ 400 em uma emergência sem se endividar ou vender algo, segundo dados de 2017, um ano relativamente próspero para a economia americana.

A paralisação, que começou pouco antes do Natal, surpreendeu muitos funcionários do governo federal e está durando mais do que o esperado. Isso fez com que essas pessoas que estão em casa, sem pagamento, tenham que vasculhar garagens e armários, porões e estantes de livros para encontrar pertences e tesouros pessoais para vender.

“Você tem que olhar sem sentimentalismo para as coisas ao seu redor e decidir o que pode vender para outra pessoa”, disse Jay Elhard, em licença do seu trabalho como especialista em mídia no Acadia National Park, no Maine.

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